OBS: o valor da “velocidade alcançada” corresponde aos números obtidos em testes. Isto não significa que os trens operam com essa velocidade comercialmente.
Trens mais rápidos do mundo: América do Norte
Acela (Estados Unidos)
Único trem-bala em operação comercial nos Estados Unidos atualmente, o Acela opera na Costa Leste do país, ligando especificamente Boston e Washington D.C., passando por outras importantes cidades como New Haven, Nova York, Filadélfia e Wilmington. O percurso completo dura sete horas e há diversas saídas durante o dia. Há passagens econômicas, executivas e de primeira classe (com serviço de bordo personalizado e poltronas mais confortáveis que as de aviões), com preços a partir de US$ 34.
Velocidade alcançada: 299 km/h
Em tempo: embora não seja a forma mais rápida de viajar entre estas cidades (o avião ainda compensa mais no quesito rapidez), a viagem no trem-bala vale a pena pela experiência e pelo excelente serviço prestado pela Amtrak, estatal proprietária da linha ferroviária.
Trens mais rápidos do mundo: Europa
Frecciarossa 1000 (Itália)
A malha ferroviária da Itália é de ótima qualidade, tanto é que é possível fazer um super roteiro de trem de duas semanas por todo o país. A linha Frecciarossa, ou “flecha vermelha”, é marcada pelas suas locomotivas vermelhas que alcançam altas velocidades. O mais recente modelo, o Frecciarossa 1000, admira não só pelos números no velocímetro mas também por ser sustentável, com baixa emissão de carbono, e ter quase 100% dos seus componentes feitos com materiais renováveis. O trem faz cerca de 200 conexões por dia conectando todo o país e o bilhete custa em média € 68.
Velocidade alcançada: 400 km/h
TGV Duplex (França)
O TGV, ou trem de grande velocidade, já é um meio de transporte consolidado na França. Dá pra ir até a região da Provence, por exemplo, e também fazer bate-voltas desde Paris. O TGV Duplex é um upgrade na malha ferroviária: trata-se de um trem de dois andares, que cobre rotas entre Paris, Cannes, Nice, Lyon e Marselha, e também a rota internacional até Barcelona. Os percursos contemplam as serras, passando também pelo litoral e por cidades vibrantes. Cachorros de pequeno porte podem embarcar de graça. Os bilhetes de classe econômica custam em média € 50. Veja aqui sete ideias de viagens pela França.
Velocidade alcançada: 300 km/h
AVE (Espanha)
Os trens de alta velocidade da Espanha, chamados de AVE, têm vários modelos e um preço amigável: é possível achar passagens de Madri a Barcelona a partir de € 19. A linha ferroviária permite fazer bate-voltas incríveis a partir das principais cidades, como de Madri a Segóvia. Os trens têm três classes: a de turista, a Plus e a Club (esta última só existe nas principais rotas e têm assentos de couro e serviço diferenciado).
Velocidade alcançada: 310 km/h
Intercity Express (Alemanha)
Cinco tipos de locomotivas atendem a malha ferroviária alemã, que é referência em organização e bom serviço. Entre os trens, está o ICE Sprinter que faz o percurso de Munique a Berlim diariamente em quatro horas, passando por Nuremberg, Erfurt e Leipzig. Bônus: sem emissão de gás carbônico. Além do território alemão, os trens também contemplam rotas bem cênicas até outros países, como Suíça, Áustria, Países Baixos, Bélgica e até mesmo Dinamarca. Há bilhetes extremamente baratos, saindo a partir de € 15.
Velocidade alcançada: 329 km/h
Eurostar e320 (União Europeia)
Após um investimento de um bilhão de libras, a Eurostar, que já tem outras locomotivas rodando por toda a Europa, lançou sua frota mais moderna: a e320, que opera no trecho Londres-Paris-Bruxelas, passando pelo Eurotúnel, abaixo do mar. Os trens de alta velocidade foram desenvolvidos pela alemã Siemens e o design é de autoria da Pininfarina, que tem no seu portfólio de clientes marcas como Ferrari, Jaguar, Maserati e Rolls Royce. Os bilhetes saem a partir € 56 na classe econômica.
Velocidade alcançada: 321 km/h
Sapsan (Rússia)
Também desenvolvidos pela Siemens, o trem russo Sapsan opera nas cidades de Moscou, São Petersburgo e Níjni Novgorod. São várias saídas por dia; o percurso da capital a São Petersburgo dura quatro horas, com a vantagem de não ter todas as burocracias do aeroporto. Os bilhetes saem a partir de € 44. O nome da locomotiva significa falcão-peregrino em russo, em referência à ave que atinge altas velocidades também. Os trens têm o diferencial de serem funcionais em temperaturas baixíssimas, típicas do inverno russo. O único desafio é desvendar o nome das estações e paradas em russo.
Velocidade alcançada: 250 km/h
Dica: para comprar bilhetes de trem na Europa, há a opção de comprar diretamente no site das companhias ferroviárias ou então usar o prático Rail Europe, que tem uma interface intuitiva e site em português. Há também o aplicativo, que facilita muito a vida de quem quer rodar o continente europeu de trem.
Trens mais rápidos do mundo: África
Al-Boraq (Marrocos)
Ligando as cidades de Casablanca e Tangier, passando por Marrakech, o Al-Boraq é o primeiro trem-bala do continente africano e oferece uma experiência de viagem inigualável, já que é o único jeito de passear em uma locomotiva de alta velocidade na África. Foi o primeiro investimento na linha ferroviária de alta velocidade do Marrocos, que pretende expandir até 1 500 quilômetros. A inspiração do nome, dado pelo rei Maomé VI, é a de uma criatura mística que transportava os profetas islâmicos. Há primeira e segunda classes, com bilhetes a partir de € 8.
Velocidade alcançada: 320 km/h
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Trens mais rápidos do mundo: Ásia
Shanghai Maglev (China)
O serviço ferroviário regular mais veloz do mundo está na China e funciona desde o início dos anos 2000. O trem Shanghai Maglev, também chamado de Shanghai Transrapid, funciona num sistema de levitação magnética: há potentes eletroímãs que, baseados no princípio de repulsão e atração, fazem o trem “levitar” sobre as vias. A tecnologia é muito eficiente e o trem chegou a atingir 501 km/h em testes. No entanto, como é de esperar, não é com essa velocidade que ele opera regularmente – a média de velocidade em operação comercial é de 300 km/h. Os preços são bem amigáveis: a partir de US$ 7.
Velocidade alcançada: 501 km/h
N700S (Japão)
Pensado para atender os turistas nas Olimpíadas de Tóquio, o N700S é o mais recente trem-bala japonês, que liga as cidades de Tóquio e Osaka. A locomotiva tem um design moderno e um tanto quanto futurista. O N700S foi desenvolvido com uma tecnologia que é resistente a terremotos, pensado para ajudar na evacuação de pessoas em casos de abalos sísmicos, que são comuns no Japão. No percurso, é possível vislumbrar uma das paisagens mais cênicas do país: o Monte Fuji. O melhor jeito de conhecer o país é comprando o Japan Rail Pass, que vale para todo o sistema de transporte público e também para transfer do aeroporto. O valor é de US$ 272 para sete dias.
Velocidade alcançada: 360 km/h
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Korail KTX (Coréia do Sul)
Os trens de alta velocidade Korail KTX se orgulham de “levar a qualquer lugar do país em menos de três horas”, usando a mesma tecnologia do TGV francês. A rota mais popular liga Seul a Busan, mas há cinco diferentes linhas que permitem uma fácil locomoção pelo país – a Coréia do Sul tem 638 estações de trem. No KTX, há apenas duas classes, com pequena diferença de preço entre elas: a econômica sai por € 60 e a primeira classe por € 80 no trecho Seul-Busan.
Velocidade alcançada: 329 km/h
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