PARQUE NACIONAL DOS LENÇÓIS MARANHENSES
A travessia dos Lençóis Maranhenses é o modo mais imersivo de entender a paisagem mágica de um dos parques nacionais mais lindos do país. É caminhar por uma imensidão de areia sem avisar outra alma além dos jegues pastando. É dormir na casa de moradores de comunidades que vivem por ali (e trazer renda para essas pessoas). É mergulhar em lagoas belíssimas em que outros turistas não chegam. É ver o sol nascer e se pôr com um show de cores nas dunas. É deitar em redes para descansar e pegar caju fresco do pé. A travessia é uma experiência única de viver o parque nacional sem farofa, só você e a natureza bruta. Abaixo, as coordenadas para você planejar essa viagem de dificuldade moderada, porém inesquecível.
TRAVESSIA DOS LENÇÓIS MARANHENSES
Como é a travessia dos Lençóis Maranhenses?
O trekking do parque nacional pode, na verdade, ser feito de mil formas. A travessia como ela é comumente conhecida é uma caminhada de três dias com pernoite em duas comunidades dentro do parque: Baixa Grande e Queimada dos Britos. Em ambas a acomodação é em redes e as famílias oferecem refeições, bebidas e alguma estrutura para banho. No primeiro dia caminha-se de 6 a 9 km, dependendo de onde começar, no segundo, 9 km, e, no terceiro, 17 km.
É muito difícil?
Se você está consideravelmente em forma e acostumado com caminhadas na natureza, dá pra fazer. Primeiro pelas comodidades logísticas: não precisa levar quase nada na mochila, já que as famílias proveem comida e alojamento, e também não tem que calçar tênis, porque a caminhada se faz a pé (ou de chinelo em algumas partes), já que é toda na areia. A maior parte é em areia batida pelo vento – os momentos mais desafiadores são as subidas nas dunas. Depois, o vento que sopra constantemente não deixa o calor incomodar tanto. E a caminhada é permeada por múltiplas paradas para descansar, admirar a vista e mergulhas nas lagoas. Mas há os momentos bem cansativos, como no último dia, quando é preciso acordar às 3h da manhã pra seguir viagem.
Qual a melhor época do ano?
A boa temporada para visitar os Lençóis vai de junho ao começo de outubro, quando as lagoas estão cheias. Agosto é o mês mais adequado: as chuvas cessam quase que completamente e as lagoas vivem seu auge.
Quanto custa a travessia dos Lençóis Maranhenses?
Se fizer você, mais uma pessoa e o guia, o trekking todo vai sair cerca de R$ 900 por pessoa (os três dias incluindo todos os transportes e refeições), saindo e chegando em Barreirinhas. Com mais gente no grupo, a diária do guia é diluída. Se sair de Atins e terminar em Santo Amaro, o preço também diminui. Antes de comprar a passagem, você pode perguntar para a agência ou guia cotado se já tem algum grupo interessado em alguma data para se juntar e, consequentemente, pagar menos.
O que levar?
Um mochila pequena, de até 25 L (você pode deixar a mala maior na pousada em Barreirinhas), shorts, camiseta, toalha (leve aquelas de microfibra que vendem em lojas esportivas), casaco (porque à noite pode esfriar), lanterninha de cabeça, chinelo, garrafinha de água, lanches leves para trilha, chapéu e óculos de sol.
Como contratar a travessia e por onde começar a organizar a viagem?
Eu fiz a travessia com o guia Marcelo Zelarayán, que recomendo muitíssimo. Marcelo cresceu em Barreirinhas, foi estudar fora e voltou para tocar a pousada com a mãe e se tornar guia. Para quem for mais aventureiro ainda, ele planeja diversos itinerários pelo parque dormindo em barracas. Também dá pra embarcar em tours de agências com pouco mais de estrutura (e preço consequentemente mais caro) como o da Venturas. A travessia começa no chamado Canto de Atins, mas quase todos os guias fazem saída de Barreirinhas para incluir o passeio de barco pelo Rio Preguiças pelos chamados Pequenos Lençóis, passando por Vassouras, Mandacaru e Caburé, terminando em Atins. Compre um voo para São Luís de manhã, pegue o transporte para Barreirinhas no aeroporto (sempre há vans saindo, é só perguntar na chegada) e descanse na cidade para se preparar para começar a travessia no dia seguinte. Para ficar em Barreirinhas, há o hostel e pousada Paraíso do Caju, da família do Marcelo, um lugarzinho maravilhoso, fora do centrinho pouco atraente da cidade, circundado por cajueiros. Para um pouco mais de conforto, veja as pousadas Sossego do Cantinho ou o resort Porto Preguiças (é difícil achar pousadas charmosas em Barreirinhas, então bote fé nessas recomendações).
Depois ou antes do trekking, devo ficar mais nos Lençóis? Tem mais coisa pra ver?
O trekking termina no povoado de Betânia, que fica próximo da cidade de Santo Amaro. Se tiver mais tempo, vale sim esticar duas noites em Santo Amaro para descansar e conhecer alguma outra lagoa, como a da Gaivota. Outra ideia é voltar a Barreirinhas e finalizar sua visita aos Lençóis com um voo panorâmico, um visual impossível de ter de outro jeito. Quem quiser curtir momentos de tranquilidade também pode finalizar com alguns dias em Atins, cidadezinha charmosa com ruas de areia fofa e point dos kitesurfistas.
Roteiro da travessia dos Lençóis Maranhenses:
DIA 1
Saindo por volta das 9h (o guia decide o horário), um carro leva até a beira do Rio Preguiças, onde você entra em uma lancha, já com a mochilinha para o trekking. Dali, há visita ao povoado de Vassouras, onde para-se em um quiosque para tomar água de coco e fazer uma rápida caminhada pelos chamados Pequenos Lençóis, com mangues, algumas dunas e lagoas. Depois, o barco ruma a Mandacaru, vilarejo que abriga o Farol das Preguiças, com 32 metros de altura – lá do alto, dá para entender um pouco da geografia da região. O almoço é em Caburé, em um quiosque entre o mar e o rio, onde dá para cair na água.
O trekking mesmo começa em determinado ponto perto do chamado Canto de Atins, onde o carro deixa o grupo. É emocionante adentrar o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, uma imensidão 155 mil hectares, o tamanho aproximado da cidade de São Paulo. Dunas imensas são lambidas por um vento incessante cujos golpes mais fortes chegam a 25 km/h. Lagoas de água azulada de tamanhos múltiplos se acomodam entre os montes de areia (dependendo da época do ano, você vê umas já secas). Um deserto improvável e cambiante onde só os resistem os fortes, me disse o guia.
São entre 6 e 9 km até o povoado de Baixa Grande, onde vivem algumas famílias. Eu dormi na casa da dona Odete, que tem uma construção de madeira comprida com redes uma do lado da outra para acolher os turistas e prepara galinha caipira para o jantar. Aproveite para ver o céu estrelado de noite, inacreditável para olhos urbanos, e puxar papo com o pessoal.
DIA 2
Depois do café da manhã, também servido pelos moradores, a caminhada começa às 7h. Nesse dia o cenário de dunas e lagoas é surreal e há várias paradas para o banho. A chegada ao próximo “oásis”, como são chamados os vilarejos dos Lençóis, é na hora do almoço, o que dá bastante tempo para curtir o dia. A vegetação de restinga fica mais farta no caminho que uma hora desemboca numa clareira beira-rio, o povoado de Queimada dos Britos.
Trata-se de uma comunidade descendente do cearense Manuel Brito, que chegou há cinco décadas fugido da seca do sertão. Umas 200 pessoas, pescadores em sua a maioria. Diferente de Baixa Grande, ali a aridez dá lugar a uma sensação úmida, com barulho de água corrente, arbustos verdes e cajueiros com frutos. Dá para descansar nas redes, mergulhar no rio e atravessá-lo com uma jangadinha para ver o pôr do sol do alto de uma duna. Deita-se cedo nas redes (na casa em que eu dormi também tinha uma cama de casal disponível) depois da janta (arroz, feijão, salada, galinha caipira).
DIA 3
O último dia é o mais desafiador fisicamente. Principalmente porque você acorda às 3h. É uma experiência bem doida andar nos Lençóis no escuro, sem entender direito pra onde está indo, só seguindo a sombra do guia. O esforço é recompensado pelo nascer do sol do alto das dunas. Você se sente pequeno diante de tanta beleza, tanta imensidão, tanto espaço.
Esse dia, com 17 km de andança, dá uma cansada de verdade. É com alguma alegria que você recebe a informação de que chegou ao povoado de Betânia, ponto final da travessia dos Lençóis Maranhenses. O almoço é em algum dos restaurantes simples na beira de um rio chamado, veja que apropriado, de rio Alegre. A partir dali você deve ter pré-combinado com o guia se quer retornar à Barreirinhas ou ir a Santo Amaro – um carro 4×4 vai buscar.
Olá boa tarde sou guia galego travessia nos lençóis maranhenses. Guia nativo do parque Nacional nascido e criado nos lençóis reserva Whatsapp (98) 988588396 Galego guia de Turismo conhecer várias trilhas vários tipos de passeios. Travessia nos lençóis de 3 a 4 dias
Olá pessoal aqui e guia galego travessia nos lençóis bem conhecido. Melhor guia da região. Vc quer fazer a travessia nos lençóis Park Nacional Nordeste Maranhão guia nativo do parque Nacional. Travessia nos lençóis de de 3 à 4 dias faça sua reserva Whatsapp (98) 988588396 galego guia de Turismo . Desde de 19 anos que trabalhar de guia. Melhor trabalho ser guia. Organizar tudo certinho Pousada.
Hey Betina, valeu pelo post. achei o máximo, só agora que li..foi lindo mesmo, o grupo foi massa. as fotos ficaram top. bora voltar quando quiser..
Marcelo queria fazer a travessia. Como entro em contato contigo?
Marcelo queria fazer a travessia. Como entro em contato contigo?
Oi Josiane! Aqui o contato dele: https://www.instagram.com/marceloguialencois/
Olá pessoal meu nome e Walter sou Guia de Trekking nós lençóis maranhenses sou nativos
estou aqui pra lhe ajudar
(98)991349675
A travessia dos lençóis maranhenses é uma experiência inesquecível. São milhares de lagoas e dunas. Para que o passeio seja realmente inesquecível é essencial contratar um guia experiente, que vc possa confiar! Eu e meu marido tivemos a boa sorte de encontrar o Elivelton, nativo da região dos lençóis! Ótimo guia! Super indico!!! Faz um trabalho diferenciado! Vc pode contata-lo através do Instagram @lencoismaranhensestrekking (tel. (98) 88703894)
Fiz em julho/2021 a travessia com o guia Charles “Chacal” (98-99616-9602). Ele organizou toda a logística para nosso grupo de 4 pessoas. Como fomos de carro para barreirinhas, ele providenciou o barco até atins, bem como o carro para nós deixar no começo da trilha e outro para nos buscar em Betânia (ponto final de nossa travessia) e nos levar a Santo Amaro. E mais: providenciou um motorista para levar meu carro de barreirinhas a Santo Amaro, o que facilitou bastante a viagem, já que passei mais 3 dias nessa cidade. A travessia foi espetacular. Charles é nascido e criado em Santo Amaro. Guia experiente, paciente e conhecido por todo mundo nos locais em que passamos. Ficamos uma noite em baixa grande (na casa do Velho e da dona Deth) e outra na casa do sr Mansur (Maximiliano) e dona Binu. Duas noites de aprendizado, ao conversar com essas pessoas simples, mas extremamente fortes! Compartilharam conosco suas opiniões sobre a vida e alguns momentos de agrura, mas sempre demonstrando a resiliência e a esperança de um futuro melhor. Não há como não repensar sobre a nossa vida urbana após essa experiência. Enfim, quem estiver com alguma dúvida, vá!!! Não há como se arrepender.
Só para esclarecer: segunda noite foi no oásis (ou ilha, como lá se chama) da Queimada dos Britos. Andamos 11 kms no primeiro dia, 12 kms no segundo e 17 no último. Essas distâncias do 1º e 3º dias podem variar, a depender do local de início da trilha, bem como do término. Há quem termine em Santo Amaro, o que aumenta alguns kms no último dia.
ola! farei essa viagem na semana que vem. o que devo levar? qual o melhor vestuário para caminhar? – para aguentar a caminhada sem sapatos? alguma dica? muito obrigada!
ola! farei essa viagem na semana que vem. o que devo levar? qual o melhor vestuário para caminhar? – para aguentar a caminhada sem sapatos? alguma dica? muito obrigada!
Oi, Renata! Roupas leves e que te protegam do sol ao mesmo tempo! Para os pés você pode sim ir descalça em alguns períodos, optar por tênis leves e papetes aventureiras. No site da Columbia você tem 10% de desconto na compra de qualquer peça por este link: https://redir.lomadee.com/v2/3378a35b6ca
Gostaria de saber onde tem os 3 dias x r$ 900,00 pois todos os que perguntam ultrapassam de 2500
Pessoal, boa tarde!
Vou fazer esse passeio em Maio, vou levar uma mala e uma mochila. Onde deixo minha mala nesses três dias da travessia? vcs deixaram em algum hotel ou pousada?
Oi, Paula! A mala maior você pode deixar na pousada em Barreirinhas 😉 No tópico “o que levar” tem mais algumas infos úteis. Boa viagem <3
Pretendo fazer a travessia em maio na semana de lua cheia. Caso tenha algum gropo em formação gostaria de saber a data de saida.
Talvez possa participar.
Pretendo fazer a travessia em maio na primeira semana de maio, lua cheia. algum grupo em formação?
Tambem gostaria de saber e estou procurando também algum grupo
Boa tarde, pretendo fazer essa travessia no inicio da segunda quinzena de março/24. Mais alguém?
Me chamo Bruno
Me tirem uma dúvida pra chegar nos lençóis Maranhense e desfrutar das lagos tem que fazer essas trilhas ou tem outro meio de chegar
Oi, Dora! tudo bem? Aqui você encontra todas as nossas dicas sobre os Lençóis Maranhenses: https://www.carpemundi.com.br/dicas-dos-lencois-maranhenses/
Espero que te ajude 🙂
Bjs