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Praias e trilhas ao leste de Florianópolis
Legenda: em azul, as praias; em verde, as trilhas
As praias do leste de Floripa também são as mais próximas do centro e contam com boa infraestrutura de restaurantes, bares e hospedagem, com desde hostels até hotéis mais sofisticados.
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Praia mole
A Praia Mole, com seu mar forte e gelado, congrega o público jovem e descolado (hipsters e a comunidade LGBTQ+ entre eles), sedia as melhores festas e festivais de música de Floripa e tem uma infinidade de atividades para aproveitar o dia: dá para caminhar pela areia fofinha, praticar parapente, surfar e se aventurar na Trilha da Praia da Galheta.
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Obs: e falando em surfar, a Mole é um reduto dos surfistas em Floripa. Por lá, as ondas rolam o ano todo e muitos profissionais da região vão até ela para treinar para grandes competições. É sempre bom lembrar que esse cantinho charmoso (e perigoso) não é recomendado para iniciantes no surf pois é de tombo e tem quebras muito fortes. Se quiser aprender, prefira a Barra da Lagoa, que fica a poucos quilômetros dali e é conhecida justamente por ser uma boa escola de surf, com ondas pequenas e partes rasas para treino.
Trilha para fazer na Praia Mole
A trilha para a Praia da Galheta começa no lado esquerdo da praia e é marcada entre as pedras e o morro. O percurso é fácil e só demora cerca de 15 minutos (sem paradas para as fotos, o que eu acho difícil), mas é melhor ir de tênis ou papete aventureira. O visual incrível, com belas paisagens panorâmicas para o mar. Em tempo: essa é a única praia da ilha reservada inteiramente para o nudismo, mas a prática não é obrigatória.
Atenção: não é recomendado que uma mulher sozinha acesse a trilha – sempre bom ter, no mínimo, mais um acompanhante, sendo ele mulher ou homem. Isso porque é comum roubos e ou mesmo assédio no local.
Praia da Galheta
Falando nela, a Praia da Galheta é um cantinho especial de Floripa. Parte do Parque Natural Municipal da Galheta, uma APP (Área de Preservação Permanente), seu principal diferencial está no fato de que lá o nudismo é opcional, ou seja, é comum ter gente pelada. A faixa de areia branca é cercada por pedras e montanhas e mar azulzinho um pouco mais calmo do que na vizinha. Ela tem quase 1 km de extensão para caminhar tranquilamente, mas a infra é pouca: um corpo de bombeiros, uma ducha com água doce e, durante a alta temporada, um ou dois ambulantes. Se quer passar o dia por lá, leve petiscos e água.
Obs: além do acesso via Praia Mole, ela também é acessada pela trilha saindo da Praia da Barra da Lagoa por um caminho de 1,5 km mais difícil. Ao chegar na Prainha da Barra, o caminho segue à esquerda, pela encosta, subindo a montanha. Deve-se prestar bastante atenção nas marcações que indicam o ponto onde a trilha se divide entre as piscinas naturais e a Galheta.
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Praia da Barra da Lagoa
A praia da Barra da Lagoa fica a 3 km da Praia Mole e a 20 km do centro. Com apenas 650 metros, a região abriga o maior núcleo de pesca de Santa Catarina, mas não só: também tem piscinas naturais azuladas, boas trilhas, jovens que querem se arriscar nas suas primeiras aulas de surf e infraestrutura que compete com a da Praia da Joaquina. É por lá que você encontrará grande parte dos restaurantes mais gostosos de frutos do mar da ilha (o restaurante Dois Irmãos tem uma sequência de camarão imperdível) e muitas opções de hospedagens, sejam elas hostels, pousadas ou Airbnbs. No início da orla, as águas são claras e calminhas, ideais para famílias, mas é só se afastar um pouco à esquerda que você encontrará ondas fortes, boas para os principiantes no surf.
Trilha para fazer na Barra da Lagoa
Logo ao lado da Barra da Lagoa, passando pela ponte do canal, a cinco minutos de caminhada, chega-se na pequena e charmosa Prainha da Barra. Com apenas 70 metros de extensão, ela é reservada e tem características semelhantes à vizinha, como mar calmo e mais morno do que de costume na ilha. Por lá, os dias são sossegados, com no máximo alguém jogando uma altinha ou se achegando para um luau.
Mas o principal ainda está por vir. Ao lado da Prainha, passando a ruela que dá acesso a ela, você encontrará o início da trilha que dá acesso às piscinas naturais (se o dia anterior tiver chovido muito, é bem provável que o caminho esteja bloqueado pelo lamaçal). A partir dali, é só andar 15 minutos até um amontoado de rochas com água supercristalina.
Atenção: tenha em mente que são piscinas naturais, não uma praia, portanto não há areia. E, se quiser se aventurar na água gelada, é preciso pular das pedras – mas elas não são altas. Quem não é muito fã de nadar pode ficar só admirando a paisagem e tirar algumas fotinhos que já compensa a caminhada.
Praia da Joaquina
A Praia da Joaquina dispensa comentários. Ela não é só a faixa de areia mais conhecida da costa leste de Floripa, como é também a mais frequentada e versátil. A faixa de areia é larga e comprida, ideal para boas caminhadas à beira-mar, e o surf também é famoso por ali. Pelo seus 3 km de extensão é possível encontrar famílias sentadas nas mesas de restaurantes, gente jogando altinha e vôlei de praia e aventureiros se arriscando no parapente. Tem lojinhas para comprar souvenires e MUITOS quiosques – os preços são semelhantes aos da Praia Mole, uma porção de batata frita, por exemplo, sai cerca de R$ 20. Ainda há um terminal turístico, alguns estacionamentos (diárias a partir de R$ 20) e restaurantes. À noite, a orla é iluminada e os restaurantes e bares ficam abertos – a dica é apostar nos frutos do mar do restaurante O Barba Negra.
Mas o principal atrativo da Joaca, como chamam os locais, está a alguns metros de distância do mar. Estamos falando das Dunas da Joaquina. Essas grandes formações de areia, além de causarem um efeito incrível na paisagem, ainda são um ótimo point para assistir ao pôr do sol – o céu colorido vai se mesclando lindamente com a areia branca e o mar verdinho ao fundo. Outra proposta é praticar standboard ou skibunda ali, é só pegar uma prancha e escorregar morro abaixo, em pé ou sentado. Quem tem os equipamentos pode levá-los e descer de graça, quem não tem pode alugá-los no único local disponível ali (custa R$ 30 a hora).
Praia do Gravatá
Escondida entre o costão da Praia Mole e da Joaquina, a Praia do Gravatá é um refúgio natural menos conhecido na região. Com apenas 60 metros de extensão, a faixa de areia fica entre duas montanhas e é ladeada por pedras. Por lá, os turistas costumam estender a canga no gramado verdinho e curtir o sol um pouco mais afastado do mar. As ondas são leves, e a água, para variar, é bem fria, mas compensa o passeio pela cor extremamente azul. A infraestrutura se limita a uma casinha de madeira de pescadores e um quiosque de bebidas que não aceita cartão.
Trilha até a Praia do Gravatá
Para chegar na praia é preciso encarar uma trilha de cerca de 45 minutos. O acesso se dá na Estrada Geral da Barra da Lagoa, na SC-406. Por estar no meio da estrada, não há nenhum estacionamento; se estiver de carro, estacione na Lagoa da Conceição e vá subindo a rodovia até encontrar a placa indicando o início da trilha. Os primeiros 600 metros são bem íngremes, depois, a coisa fica mais fácil, mas é preciso sempre estar atento às pedras no meio do caminho. Logo no início, à esquerda, está a Rampa Praia Mole, área utilizada por parapentes e asa-delta e também a primeira pausa para fotos, já que é de lá que você consegue uma vista privilegiada da Praia Mole e da Praia da Galheta. Depois, é só seguir caminho por 25 minutos e chega-se na Gravata.
Se quiser estender um pouco a caminhada, atravesse a praia, siga o caminho pela pedra e depois vá descendo em direção ao mar, onde, à direita, você irá encontrar uma lagoa cristalina e deserta para chamar de sua.
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PRAIAS DO LESTE DE FLORIANÓPOLIS
EXTRA: TRILHA DA COSTA DA LAGOA
Trilha da Costa da Lagoa
Na Costa da Lagoa, a natureza exuberante encontra uma parte importante da vida gastronômica de Floripa – uma das principais atrações são os diversos restaurantes caseiros com pratos à base de frutos do mar. A Costa é reduto da cultura açoriana e abriga um núcleo de pescadores que não abandonaram os costumes de tempos atrás. Passar o dia no vilarejo é um remédio de simplicidade para a alma.
Como chegar na Costa da Lagoa
Para acessá-la a melhor opção é pegar um barco que parte da Lagoa da Conceição (fora da pandemia as embarcações saem de meia em meia hora, mas, com medidas restritivas, os horários têm se alternado com maior espaçamento – acesse aqui para conferir ). Os barcos que levam os turistas são os mesmos que atendem a comunidade local e funcionam como transporte público, com pontos de paradas, botão para sinalização de descida e preço padrão – o trecho custa R$ 4,25 e só aceita dinheiro. Para conhecer a parte mais turística da região, peça para descer no ponto 15 – a viagem dura cerca de 30 minutos.
Outra opção é ir a pé, em uma trilha de dificuldade mediana de 5,8 km e cerca de 3 horas e meia de duração. O início da caminhada é na Travessa Ângela Chave, próxima da Avenida das Rendeiras e do mercado Superfloripa. O caminho é cercado pela Mata Atlântica e com a presença de uma rica flora e fauna. Para voltar, pegue a mesma embarcação citada acima.
Atrativos na Costa da Lagoa
Estamos falando aqui de uma das regiões mais preservadas e um dos passeios mais charmosos da Ilha. O vilarejo faz parte de uma região tombada e conta com a Cachoeira da Costa, com água gelada, límpida e uma ótima sugestão para os dias quentes. Desde o ponto 15 são cerca de 10 minutos de caminhada por dentro da vila, passando por casinhas, restaurantes e lojinhas (tem que ficar atento para não passar pela entrada, que é meio escondida). Na cachoeira tem uma piscina natural ampla onde é seguro dar um mergulho e renovar as energias.
Onde comer na Costa da Lagoa
Os restaurantes caseiros são uma atração à parte. Eles foram pensados para você passar o dia curtindo a lagoa enquanto aproveita uns petiscos. No Coração de Mãe, na frente do ponto 14, você pode pedir uma porção de filé de peixe ao molho de camarão e depois remar com um stand up gratuito oferecido pelo restaurante. Já no Carapeva, do ladinho do ponto 15, os atrativos são a piscina com vista para a lagoa, o deque privado e as mesinhas estilo piquenique beirando a água. A porção bem servida de isca de peixe fresco custa R$ 40, e a casquinha de siri, R$ 10.
JÁ TEM ACOMODAÇÃO EM FLORIPA?
Na costa leste de Florianópolis, o Selina Floripa é o endereço mais badalado da Praia Mole. A decoração estilo boho, o staff, a música ambiente tipo lounge e até os hóspedes acompanham a vibe do hotel: moderninha, alto astral, praiana e bem descolada. Democrático, ele acomoda desde casais que procuram privacidade e conforto nos quartos privados mas querem o clima agitado de um hostel até grupos de jovens que ficam em quartos compartilhados.
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Gostei e muito dos belos cenários naturais. Porque os dois estados ddo Brsil onde tem as praias mais belas são Santa Catarina e Rio Grande do Norte.
Que bom que gostou da matéria, Laerte! Obrigada