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Oceania quando ir: mês a mês na Austrália, Nova Zelândia e Polinésia

OCEANIA QUANDO IR

O melhor planejamento de viagem leva o clima do destino a ser visitado em consideração. Viajar para a Oceania, literalmente do outro lado do mundo, requer pesquisa ainda maior sobre o clima da Austrália, da Nova Zelândia e de ilhas polinésias como o Tahiti.

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Oceania, quando ir: previsão mês a mês dos principais destinos

Sobre o clima na Oceania: assim como no Brasil, a Oceania está localizada no Hemisfério Sul e tem estações do ano e variações de temperaturas até que bem parecidas com as nossas e demais países da América do Sul. A Nova Zelândia é o país com o clima com maior variação, com verão bem quente e inverno que pode ter temperaturas abaixo de zero. No continente, o verão, alta temporada, vai de dezembro a março, enquanto o inverno, quando faz frio e tem até estações de esqui funcionando, reina em julho. Já as Ilhas Polinésias têm a estação seca de maio a outubro, boa hora pra programar a viagem.

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JANEIRO E FEVEREIRO

É verão e alta temporada em todo o continente, com 15 horas de sol por dia.

Atente-se, somente, aos preços, que ficam elevados pela intensa procura de viagens, tanto por parte dos locais como dos estrangeiros. Pra quem pensa em explorar bem a Austrália, este é o momento perfeito. Uma boa sugestão para 20 dias é ficar 6 dias em Sydney para começar, depois 4 dias em Melbourne, e, finalmente, 5 dias entre Cairns, a Barreira de Corais e Port Douglas. Com mais tempo, vá de Melbourne até a Great Ocean Road, a estrada mais bonita do país, onde ficam os famosos Doze Apóstolos. Depois, voe até Brisbane, alugue um carro e siga rumo ao sul, atravessando a Gold Coast até chegar a praia de Byron Bay. Se puder esticar, pegue um voo ou um passeio de veleiro até às sensacionais Ilhas Whitsunday. É boa hora também para visitar a exótica Kangaroo Island para ver cangurus e outros animais como coalas e golfinhos na mesma época que dá para pegar praia (mas sim, os animais estão lá o ano todo, só que dói um pouco ver aquelas praias lindas de moletom). Leia mais sobre Kangaroo Island aqui. A Tasmânia, ao sul da Austrália, também vive dias bons: apesar da alta turística, é a melhor época do ano para as atividades ao ar livre. Evite, contudo, o deserto australiano – calor de matar. Na Nova Zelândia, também hora perfeita de explorar o Mount Cook National Park e os principais atrativos do país, onde está quente, mas não escaldante. Dá pra ver golfinhos na Ilha Sul. Está chovendo na Polinésia Francesa e demais ilhas.

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MARÇO E ABRIL

Austrália e Nova Zelândia estão entrando no outono e o frio está chegando em breve, mas o clima ainda tem temperaturas gostosas, só um pouco mais amenas durante a noite – especialmente no sul da Nova Zelândia.

Em Sydney, onde o clima não é frio e também ainda não quente, tudo fica bonito e atraente no início do outono. Em poucas cidades do mundo o visitante encontrará igual proporção de veleiros, banhistas e surfistas. Caminhe pela Harbour Bridge, visite o Darling Harbour, percorra a região de The Rocks e assista a uma apresentação ou simplesmente visite o principal cartão-postal do país, a Sydney Opera House, antes de escolher um restaurante ou balada em Oxford Street ou Kings Cross. Escolha seu hotel em Sydney aqui. Mergulhar na Grande Barreira de Corais, em Cairns também está aprovado. Na Nova Zelândia, as cadeiras de montanhas de Fiordland, base do ponto turístico Milford Sound, contrastando com lagos azuis estão especiais para visita com vida silvestre à vista em março, enquanto no final de abril as chuvas são esperadas. Cessam as chuvas nas ilhas polinésias e começa a alta temporada em abril, que vai até o fim de outubro. Pra quem busca paraísos ainda pouco explorados, Vanuatu é a pedida. País insular afastado de tudo, teve suas estradas asfaltadas apenas em 2011 e esbanja simple living entre seus 270 mil habitantes tidos entre os mais felizes do mundo.

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MAIO E JUNHO

Conforme o inverno da Oceania se aproxima, o friozinho vai chegando na Austrália (Sydney tem temperaturas na faixa dos 10 graus) e toma conta da Nova Zelândia.

Melhor hora de visitar o deserto australiano e conhecer o monólito sagrado de Uluru. Pra viver melhor a experiência, fique num glamping entre as dunas vermelho-ferrugem do centro da Austrália. Já na Nova Zelândia, em junho, já tem estações de esqui funcionando – o Mt Ruapehu é um vulcão esquiável, enquanto Christchurch, Canterbury, Queenstown e Wanaka abrem suas estações. Pra ver glaciares, o Franz Josef Glacier está com tudo. Na beira-mar de Wellington, a capital, na Ilha Norte, é possível avistar baleias orcas, ou fazer um passeio de cruzeiro desde Kaikoura, no sul. Em tempo: saiba que pode chover durante a sua viagem, a Nova Zelândia tem clima instável em relação ao restante da Oceania. Já na Polinésia Francesa começa a estação seca: Tahiti, Moorea e Bora Bora, as ilha mais visitadas, são uma boa definição de paraisinhos para incluir no roteiro de viagem. Com vegetação exuberante e oceano composto por matizes de azul que não se encontra em nenhum outro lugar, este arquipélago deserto e montanhoso é um convite ao romance, melhor nos icônicos bangalôs cercados por recifes de corais sobre palafitas com teto de sapê e chão de vidro. A viagem pode ter parada na Ilha de Páscoa, quase que uma linha reta até a Polinésia. Muitos pacotes têm, inclusive, apenas um day use em hotéis de Hanga Roa, a capital da ilha chilena. A dica é programar a ida de maio a outubro, na estação seca.

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JULHO E AGOSTO

Austrália e Nova Zelândia têm dias frios – é inverno no Hemisfério Sul.

Contudo, estamos no meio da melhor época para mergulhar por esse famoso reduto de vida marinha, quando a temperatura está aprazível e chuvas são incomuns, o que se traduz em boa visibilidade na água. A Barreira de Corais, na Austrália, é de fato grandiosa: são 150 quilômetros de largura e mais de 2 mil de comprimento de uma das maiores (e mais ameaçadas) criações da natureza. Há diversos modos de conhecê-la, dependendo do seu grau de expertise como mergulhador. Saindo de cidades como Port Douglas e Cairns, você pode fazer tours de snorkel para Low Isles ou Agincourt Reef ou para ilhas inabitadas como Frankland Islands. Quem quer ter uma experiência mais imersiva deve procurar os roteiros tipo “liveaboard”, onde você passa dias dentro de um barco parando nos melhores points de mergulho. Na Nova Zelândia, julho vem com o Matariki, o Ano-novo Maori, que pode ser celebrado no Museu Te Papa, em Wellington. No auge do inverno é uma delícia mergulhas nas águas e piscinas termais incríveis de Rotorua depois de curtir a neve e o esqui, que vive seu auge. Em tempo: o inverno é frio e chuvoso, então não espere por alguns dias de tempo ruim na viagem. Outras ideias de esticadas são Tonga, um paraíso de mar azul e areia branca na Polinésia por onde baleias-jubarte migram para dar à luz e amamentar seus filhotes de julho a outubro, e as florestas tropicais e recifes de corais de Samoa, que está na estação seca sem risco de ciclones e calor na faixa dos 20 e poucos graus.

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SETEMBRO E OUTUBRO

Austrália e Nova Zelândia estão deixando o inverno para trás e chega a primavera, uma ótima época para explorar suas capitais e cidades grandes – mas se a ideia for curtir praia, espere mesmo pelo verão.

Também vale dizer que ambos os países têm diárias em baixa e menos procura turística especialmente em outubro, o que pode ser importante pra quem quer economizar, já que continuam com paisagens lindas e clima rumando pro verão. Passado o período de monções e ciclones tropicais, que em Fiji vem mais rápido que em grande parte do Sudeste Asiático, o destino praiano é uma boa opção para o meio e final de outubro. Além de ter praias selvagens e paradisíacas entre suas 333 ilhas absolutamente dos sonhos, tem alguns dos melhores lugares para mergulho no mundo. As ilhas de Mamanuca são mais próximas de Nadi (a ilha principal, onde você vai desembarcar). A vantagem de ficar lá é o fácil acesso e o agito de Beachcomber, a ilha das festas em Fiji. Já as ilhas de Yasawa são as mais distantes, a cerca de 6 horas de Nadi, e, claro, as mais bonitas. Foi em Nacula que gravaram Lagua Azul e Waya é outro destino de natureza selvagem intocada. Em tempo: a melhor maneira de chegar em Fiji é voando a Auckland, na Nova Zelândia, com escala em Buenos Aires ou Santiago. Quem ama cerejeiras consegue encontrá-las na Nova Zelândia, que comemora o Nelson’s Cherry Blossom Festival. Também é uma boa passear passear em Christchurch, cidade cheia de jardins e verde preservado.

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NOVEMBRO E DEZEMBRO

Na Austrália e Nova Zelândia e ilhas tropicais do continente é quase verão e alta temporada, pode ir e, a partir de dezembro, curtir as praias no seu melhor momento.

A chuva para na Nova Zelândia, onde, pra quem quer explorar suas paisagens cheias de belezas únicas com profundidade, a ideia é ficar entre a Ilha Norte, onde há vulcões ativos, gêiseres, lagos multicoloridos e outras formações geológicas inusitadas que apareceram na saga Senhor dos Anéis – não deixe de visitar Hobbiton, o set de filmagem da trilogiae a Ilha Sul, onde há gigantescos glaciares, uma costa povoada por focas e baleias e alguns dos fiordes mais belos do planeta. Se a ideia for unir a viagem com a Austrália, programe-se para visitar Sydney na virada do ano e vivenciar uma das queimas de fogos mais famosas e cobiçadas do mundo na meia-noite, que é recebida com uma chuva de cores explodindo no céu entre a Harbour Bridge e a Ópera House, iluminando grande parte da baía de Sydney, por onde também rolam festas badaladas no Réveillon. A época é de festividades, com um grande número de festivais ao ar livre rolando pelo continente. Atenção para o fato do verão vir com a possibilidade de ciclones nas costas da Austrália Ocidental, onde está Perth, e de Queensland.

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Por Anna Laura
@anna.laura

Um dos maiores nomes do turismo no Brasil, Anna viaja há 10 anos em busca de construir um mundo mais consciente, sustentável e a favor da natureza, propondo mais autoconhecimento através de suas experiências pelo globo. Jornalista por formação e fotógrafa por vocação, é editora do Carpe Mundi e Co-founder da plataforma de curadoria em aluguel de temporada Holmy, 100% nacional e de equipe feminina.

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