O que fazer em Lima: roteiro de dois a três dias
(se você tiver apenas dois dias, junte o dia 1 e o 3 – passeie por Miraflores de manhã e no almoço e vá para Barranco de tarde)
DIA 1 (da chegada):
Todo mundo fica hospedado em Miraflores, com razão. O bairro é imenso, seguro e agradável e guarda grande parte da vida hoteleira e gastronômica da cidade. Se precisar trocar dinheiro (leve dólares, sempre), a AVENIDA JOSE LARCO tem várias casas de câmbio. De lá, caminhe até o bonito PARQUE KENNEDY, unido ao PARQUE CENTRAL DE MIRAFLORES, que é o coração do bairro, com árvores em flor, lojas, feirinhas de artesanato e carrinhos de doces. Se a fome bater, ande 900 metros até o famoso LA LUCHA, lugar dos melhores sanduíches da cidade, aberto o dia todo.
O QUE FAZER EM LIMA:
Continue a caminhada pelo bairro até o SHOPPING LARCOMAR, um centro de compras a céu aberto com lojinhas e restaurantes cuja melhor parte é o panorama cênico para o Pacífico – sim, aqui chegamos no mar. Ande pelo MALECÓN, o calçadão de Miraflores, que margeia a falésia da praia. Seu parque mais gostoso é o PARQUE DEL AMOR, conhecido por seu muro de mosaicos coloridos com frases de amor de poetas peruanos e uma escultura de um casal se beijando – chegue lá pela hora do pôr do sol.
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De noite, pode ser uma boa comer e tomar umas no MUSEO DEL PISCO, que serve drinques feitos com pisco (bebida que o Peru “briga” pela autoria com o Chile) e também tem bons petiscos. Outra ideia é conhecer o MERCADO 28, mercadão gourmet que fica aberto até de noite e tem pedidas como o Provinciano, de comida “criolla”, e o Agallas, para ceviches criativos. Para algo mais requintado, faça reserva no MÓ BISTRÓ, do chef Matías Cilloniz.
DIA 2:
Pegue um táxi ou Uber para o melhor museu da cidade (que fica meio afastado): o MUSEU LARCO. Simplesmente genial para entender a sucessão de povos pré-colombianos. Há joias, cerâmicas e uma curiosa coleção de objetos eróticos reunidos numa linda mansão do século 18. É essencial para quem vai seguir a Cusco e Machu Picchu.
Dali, outro táxi leva ao CENTRO. Maior da América Latina em extensão, o coração histórico e comercial de Lima tem igrejas barrocas e algumas construções coloniais. Comece pela Plaza de Armas e entre na linda CATEDRAL DE LIMA: inspirada na de Sevilha, é famosa por guardar o túmulo de Franscisco Pizzarro, conquistador espanhol fundador da cidade. Veja também o Palacio Arzobispal, o barroco Palacio del Gobierno, e o Convento de San Francisco, com ossos e catacumbas.
O que fazer em Lima: roteiro de dois a três dias
Vale entrar também na CASA DE ALIAGA. A casa ocupa um terreno dado em 1535 para Jeronimo de Aliaga, um dos seguidores de Pizarro, e foi habitada por 16 gerações de descendentes dele. Parece cenário de um filme de época, com cômodos imensos. Pelas ruas, repare nos balcones (varandas de madeira talhada, construídas no vice-reinado espanhol e só existentes no Peru) e os pátios internos de seus casarões – na rua Jirón Ucayali, eles não acabam mais. Para o almoço, fique no CORDANO, o mais antigo bar da cidade, com 100 anos de funcionamento. A especialidade é o butifarra – um sanduíche feito com jamón del país (carne de porco), cebola roxa e salsa criolla. Outra opção é o EL CHINITO, também ali pelo centro, uma sanduicheria raiz dos anos 1960.
De lá, pegue outro táxi ou Uber até o PARQUE DE LA RESERVA: o local tem 13 fontes enormes que todas as noites protagonizam um espetáculo musical de águas e luzes para assistir entre os bancos e gazebos do bonito parque.
Reserve pelo menos uma noite em Lima para um jantar de alta gastronomia – a maioria dos restaurantes top ficam em Miraflores ou no bairro vizinho de San Isidoro. Com grana sobrando, escolha os menus-degustação do MAIDO, de cozinha nikkei (japonesa-peruana) ou do CENTRAL, do chef Virgínio Martinez, ambos na badalada lista dos 50 melhores restaurantes do mundo – faça reserva. Para gastar um pouquinho menos, tem o incrível AMAZ RESTAURANTE, que explora os ingredientes da Amazônia peruana, e o MALABAR, um dos pioneiros em explorar a diversidade de ingredientes peruanos no país.
DIA 3:
Use a manhã para fazer algum programa que faltou nos dias anteriores e, de tarde, pegue um táxi ou Uber para o bairro de Barranco, possivelmente o mais descolado de Lima. Antigo refúgio de férias da alta sociedade limenha, nos últimos anos se transformou num point boêmio e cultural, e seus casarões foram revitalizados para dar lugar a restaurantes, bares e galerias de arte. O passeio pode começar no meio da tarde na Avenida Pedo de Osma, vendo grafites coloridos que vão surgindo, podendo parar para tomar um café e comer um docinho na TOSTADURÍA BISETTI, e chegando na PUENTE DE LOS SUSPIROS, uma passarela pitoresca de 1876 que fica quase ao lado da Igreja Santíssima Cruz e de um mirante.
Continue pela avenida e siga andando até DÉDALO, uma loja de corredores labirínticos com trabalhos de mais de mil artistas locais (ótimo para ver algo diferente do festival de bolsas andinas e lhamas de pelúcia que tentam te vender constantemente em todo canto do país). E daí volte pela avenida para escolher um bar ou restaurante para a noite: pode ser uma cerveja artesanal na BARRANCO BEER COMPANY ou um drinque em mansões que viraram bares como o AYAHUASCA e o DADA RESTOBAR.
O ISOLINA é o melhor restaurante por ali, com releitura de pratos familiares peruanos do chef Jose del Castillo. Para algo mais pé-sujo, entre no antigo CANTA RANA, escondido na Pasaje Genova, com comida caseira e decoração de recortes de jornal e bandeiras de futebol.
Onde ficar em Lima:
3B Barranco’s (diárias a partir de US$ 65) – B&B com certo estilo e quartos novinhos e confortáveis em Barranco, bairro bom pra ficar perto das coisinhas descoladas da cidade. Hospedagem independente tipo pousada moderninha.
Quinta Miraflores Boutique Hotel (diárias a partir de US$ 150) – A ideia desse casarão antigo é se sentir parte de uma família da alta sociedade limenha dos anos 1950, com móveis de época e café da manhã servido no quarto.
Hotel de Autor (diárias a partir de US$ 175) – Tudo é especial aqui: a arquitetura da casa, a decoração moderninha com artesanatos, o café bem servido, a localização (a três quarteirões do Malecón, em Miraflores).
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Quando ir a Lima:
O clima é relativamente quente e úmido o ano todo. Os meses mais chuvosos são julho, agosto e setembro, mas se for conjugar Lima com Cusco e Machu Picchu é provável que você viajo nessa época. O verão, de dezembro a março, tem tempo mais seco.
Boas dicas! Lima é maravilhosa e um destino que com certeza quero repetir!
Oi William! Que bom que curtiu, obrigada pelo comentário!
Oi Betina! Excelente post! Terei uma conexão longa em Lima em Agosto, 12 horas, o que você me sugere? 🙂
Oi Clarissa! Você pode passear por Miraflores e Barranco e comer num restaurante legal. Se tiver interesse pode pegar um táxi até o Museu Larco, que eu acho o melhor do Peru, ou ao centro e o Parque das Fontes, dependendo do horário.