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Como é a experiência de boiar no Mar Morto em Israel

Dotado da maior concentração de sal do mundo, o Mar Morto (que na verdade é um lago) tem a água tão densa que qualquer um que mergulhar ali imediatamente começa a boiar sem esforço.

Sua salinidade é de 33% (10 vezes mais que a dos oceanos), tornando impossível a existência de vida ali – daí o nome Mar Morto. Honrando mais superlativos, o local, que cobre uma área de 650 km², tem ainda a menor altitude do planeta: fica a 424 metros abaixo do nível do mar – número que está diminuindo; o nível do Mar Morto baixa cerca de um metro por ano por conta da baixa vazão do rio Jordão e da extração de minerais. Abaixo, saiba como é a experiência de boiar no Mar Morto.

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ÍNDICE:

  1. Viajar pra Israel é caro?
  2. Qual é a melhor época pra ir a Israel?
  3. Como é boiar no Mar Morto?
  4. Praias do Mar Morto
  5. Onde se hospedar no Mar Morto?

Viajar pra Israel é caro?

Não é dos destinos mais baratos. Só vale a pena comprar itens locais, como artesanatos a souvenirs, especialmente nos mercadões. Lojas de grife, esqueça, você vai pagar muito caro. Comer também não é algo em conta: almoçar em um bufê tipo bandejão em Massada, fortaleza perto do Mar Morto, custa cerca de R$ 70. Pra aliviar, há comida de rua tipo falafel baratinha. Contratar guia particular também pode ficar caro, já que os preços são cobrados em dólares. Se for essa a ideia e você quiser economizar, opte por excursões em grupo.

Qual é a melhor época pra ir a Israel?

Israel é seco e quente no verão e úmido com temperaturas amenas no inverno. A melhor época vai de fevereiro a maio e setembro a novembro, meses com temperaturas não tão quentes e sem aquele frio e chuva. Israel vive dentro de um turbilhão religioso e recebe de judeus a católicos e muçulmanos, por isso alguns períodos e feriados podem tornar o país mais caótico. Evite, em especial, a Semana Santa e o Natal.

Veja aqui como é boiar no Mar Morto:

Dividido entre Israel e a Jordânia, tem dois perfis diferentes em suas margens: a melhor infra turística de hotéis e prainhas com areia está em Israel, na região de Ein Bokek, onde você encontra pedrinhas de sal no chão e formações de sal solidificadas em forma de “ilhotas” artificiais. Já na Jordânia fica a maior concentração de lama e praias de lama (a famosa lama do Mar Morto, com mil benefícios pra pele, com a qual todo mundo se meleca desde os tempos de Cleópatra).

O ideal é dormir na região pelo menos uma noite (duas pra viajar sem pressa) e ter tempo de curtir o Mar Morto direitinho, curtindo também tratamentos com lama no spa do seu hotel – ou nas prainhas de lama, sem frescura – e fazendo outros passeios igualmente legais na região, como os da fortaleza de Massada, do Deserto da Judeia e do oásis de Ein Gedi.

O QUE FAZER NA REGIÃO DO MAR MORTO EM ISRAEL: CLIQUE AQUI!

Em primeiro lugar, é importante lembrar que o Mar Morto fica 400 metros abaixo do nível do mar, ou seja, o nascer e o pôr do sol vão acontecer de 30 minutos a 1 hora mais tarde e cedo, respectivamente, que o normal – no verão, o sol se põe às 18h e no inverno pode ir embora antes das 15h. Consequentemente, é bom se planejar pra chegar lá cedo e ter tempo de viver a experiência antes do cair da noite, especialmente se você tiver apenas um dia na região.

Depois, saiba que visitar o Mar Morto é bem diferente de curtir o mar “comum” da praia. Você não fica a manhã toda boiando ali vendo o tempo passar, pelo contrário: o intervalo máximo recomendado de permanência na água é de 20 minutos. É que o Mar Morto desidrata o corpo muito, mas muito rápido, baixando a pressão sanguínea, além de deixar a pele e o cabelo extremamente secos e quase que “doer” na carne depois de uns minutos. Quem entra com um machucado sente a ardência da água salgada na região o tempo todo, mas mesmo quem não tem ferida nenhuma no corpo (ou acha que não tem, porque é pisar lá que você descobre um machucadinho pulsando) começa a experimentar uma sensação estranha, como se todo aquele sal estivesse te “consumindo”.

Beber a água do Mar Morto então, nem pensar. E é extremamente importante evitar o contato do líquido com o rosto e os olhos. Lembre-se também de tirar absolutamente tudo do corpo – de aneis a piercings e colares, de bijouterias a joias, tudo fica preto – e não entrar com biquini ou sunga branca, que podem ficar com uma coloração amarelada.

Se você acabar amando a experiência, pode tomar um banho de água doce e, depois de um tempo, entrar de novo na água. A ideia de ficar num hotel legal, que tenha uma boa infra de praia, é justamente essa: entrar na água, tomar banho, relaxar nas espreguiçadeiras, entrar na piscina, usar o spa e, depois, boiar no Mar Morto mais uma vez. Mas há também prainhas independentes ao longo da costa, que também têm chuveiros, cadeiras e guarda-sóis. A mais ao norte fica a 25 minutos de Jerusalém, uma boa opção pra quem só tem tempo pra um bate-volta.

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BOIAR NO MAR MORTO: PRAIAS DO MAR MORTO

Apesar da extensa faixa de costa do Mar Morto em Israel, nem todo lugar é apto pra banho por não apresentar infraestrutura adequada aos turistas. Lembre-se: é extremamente importante sair da água e logo se banhar com água doce, que você só encontra em chuveiros de praias ou hotéis.

Quem fica em hotéis de quatro-estrelas pra cima em Ein Bokek conta com prainhas privativas em frente ao local. Já quem vai a hotéis simples ou hostels, sem infra de praia, pode aproveitar o Mar Morto nas prainhas independentes pela região. A Kalia Beach é a mais próxima de Jerusalém – e pode lotar bastante por isso – e conta com boas instalações, um bar e trecho do mar com lama. Mais ao sul, a Biankini Beach é frequentada por famílias israelenses. Há um grande restaurante marroquino. Na Neve Midbar Beach há uma extensa faixa de areia com bastante lama natural, espaços reservados pra churrasco, restaurante kosher e maior frequência de jovens.

Você entra no Mar Morto como entra num mar, lago ou rio normal. Se tiver algum machucadinho, começa a sentir uma ardência no local na hora. A textura da água, meio gosmenta, meio oleosa, é esquisita, e o chão de pedrinhas de sal e lama pode machucar o pé – melhor usar uma Havaianas, mas sem qualquer brilhinho ou strass (que vão pretear, não adianta).

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Quando você estiver bem à vontade, simplesmente se solte na água e seu corpo irá naturalmente boiar no Mar Morto – não precisa fazer esforço algum. Dá pra flutuar com a barriga pra cima ou pra baixo – a primeira posição é muito mais prática e confortável -, só é importante manter o pescoço pra cima pra não encostar o rosto na água. Pra quem tiver cabelo comprido, prenda num coque alto pra não molhá-lo (e ressecá-lo). Seus pés irão automaticamente pra cima também, deixando o corpo curvado como vemos nas fotos. Pra virar e boiar no Mar Morto “ao contrário”, é melhor ficar de pé e depois se soltar com a barriga pra baixo e as pernas dobradas pra cima – você muito provavelmente irá acabar molhando o rosto ao tentar virar direto. E aí fica clara a “força” da água, que leva todo organismo vivo pra cima.

Tem quem se aventure mais ao fundo e vá boiando sem preocupações pra longe e tem quem prefira ficar mais perto do chão, na beira da água – o que, em dias de alta temporada, passa uma impressão meio de Piscinão de Ramos mesmo nas prainhas privativas dos hotéis. Todo mundo fica aglomerado perto da margem numa água parada que não se movimenta. Uma dica é tentar um lugar nos cantos das praias pra ficar sem tanta gente por perto.

No mais, a sensação é bem divertida, algo completamente novo pra maioria das pessoas. Antes de entrar na água você não imagina que irá boiar no Mar Morto tanto assim, tão perto da superfície e sem esforço. Da primeira vez dá vontade de rir e tentar afundar, o que não vai acontecer. O cenário é incrivelmente fotogênico, com as montanhas de pano de fundo e uma grande bacia de água que se confunde com o céu. Resumindo: é uma experiência muito especial.

Se quiser tirar fotos legais e profissionais, leve um jornal e um chapéu pra bater os cliques. Quem vai em casal e quer registros dos dois pode contar com um tripé e pedir pra alguém bater a foto, colocar no timer e correr pra água (uma escolha perigosa em que você pode molhar a câmera e molhar seu rosto na pressa) ou levar um controle remoto de disparo embalado num plástico protetor, a melhor e mais fácil opção. Em tempo: não afunde a GoPro na água, mesmo com a capa de proteção.

Depois de boiar no Mar Morto, beba bastante água e evite tomar sol – o combo sal e sol te fará um mal danado. No fim do dia, se enxague mais tempo que o habitual no banho e lembre-se de hidratar o o corpo e o cabelo com um bom creme.

Veja aqui opções de passeios em Israel:

Onde se hospedar no Mar Morto?

Na região turística de Ein Bokek, a melhor opção é o Isrotel Dead Sea Resort & Spa (diárias desde US$ 298, RESERVE AQUI!), com quartos confortáveis, um lobby superchique e uma ótima área de lazer de piscina, praia privativa e spa, o Esprit, com tratamentos de lama interessantíssimos disponíveis. Os amenities são todos a base de nutrientes do Mar Morto, claro.

Um pouquinho mais distante da praia, o Ein Gedi Kibbutz Hotel (diárias desde US$ 220, RESERVE AQUI!) fica num oásis no meio do deserto, num riquíssimo jardim botânico com vista para as montanhas do Deserto da Judeia e a imensidão azul do Mar Morto – é uma opção pra quem aprecia o verde, a vida ao ar livre e quer viver a experiência de dormir em um kibbutz, espécies de “comunidades” vivendo em uma minicidade, com mercado, clínica médica e até escola dentro, dependendo do tamanho. Mais baratinho é o hostel do kibbutz, o Ein Gedi Hostel (diárias a partir de US$ 38 em quarto coletivo e US$ 81 no privativo, RESERVE AQUI!), que fica a 5 minutinhos da beira do Mar Morto.

*O Carpe Mundi viajou a Israel à convite do Ministério do Turismo de Israel. Os relatos expressos aqui são de opinião única, exclusiva e independente da autora deste post.

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Por Anna Laura
@anna.laura

Um dos maiores nomes do turismo no Brasil, Anna viaja há 10 anos em busca de construir um mundo mais consciente, sustentável e a favor da natureza, propondo mais autoconhecimento através de suas experiências pelo globo. Jornalista por formação e fotógrafa por vocação, é editora do Carpe Mundi e Co-founder da plataforma de curadoria em aluguel de temporada Holmy, 100% nacional e de equipe feminina.

2 comentários

Olá… ótima descrição e detalhes do passeio. Muito bom…

Mas ficou a curiosidade. Porque não afundar a Gopro? Qual problema pode ocorrer, uma vez que ela diz ser à prova d’água?

Resposta

A questão é com a alta concentração de sal do Mar Morto, que afeta à caixinha da GoPro e a própria câmera.

Resposta
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