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Milhas: dicas espertas para acumular e usar sem ter tanto trabalho

COMO VIAJAR COM MILHAS

Que deixemos logo claro: um uso super eficiente de milhas (ou pontos, como os programas costumam falar) para voar de graça dá bastante trabalho (claro, as empresas não deixariam viajar na faixa tão fácil assim). A não ser que você seja alguém que viaje com uma frequência enorme a trabalho e tenha um acúmulo muito acima da média, usar milhas requer persistência, pesquisa, organização e muitas horas no computador. E isso acaba desencorajando.

É bom saber, então, que se você não estiver disposto a essa trabalheira, dá para ser um usuário MEDIANO de milhas e ainda assim fazer um bom uso delas. Isso significa que talvez você não faça sua viagem dos sonhos pra Grécia com toda família no verão europeu com milhas (coisa que mesmo para o usuário profissa já seria difícil), mas você pode conseguir acumular mais milhas com as compras do dia a dia (sem bitolar nisso), não cair em pegadinhas dos programas e ainda usar suas milhas para boas viagens na baixa temporada, principalmente no Brasil e na América do Sul. Seguem as dicas de como viajar com milhas.

Ter um bom cartão de crédito e concentrar os gastos da vida nele

O site Melhores Destinos fez uma lista dos melhores cartões de crédito para acumular milhas. A maioria são cartões bem top com anuidade cara (mas tendo as informações você pode consultar o banco para ver qual a melhor opção para o seu perfil de gasto e NEGOCIAR A ANUIDADE (coisa que dá pra fazer quase sempre). Lembre-se que a anuidade do cartão tem que ser levada em conta para as milhas de fato valerem a pena. Para quem tem Nubank, vale analisar o programa de recompensas deles, que tem parceria com o Smiles.

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Quanto mais você concentrar seus gastos da vida no cartão de crédito, mais milhas vai acumular. É preciso organização para isso, mas é só ficar de olho na fatura e anotar os gastos. Se você quiser dar um passo além, baixe aplicativos tipo o Recarga Pay, que permite que você pague boletos (de água, luz, plano de saúde, etc) no cartão de crédito (o limite é normalmente cerca de R$ 1000 por mês, então pode ser que não dê para pagar contas mais caras como aluguel e condomínio).

Se ligar nas empresas parceiras que acumulam pontos

Pode ser meio mala ficar monitorando todas as suas compras para ver que empresa rende milhas e qual não. Mas vale a pena prestar atenção em:

1) Compras em grandes lojas de varejo, tipo Americanas, Magazine Luiza, Netshoes, Dafiti, Renner, Livraria Cultura, Natura, Submarino, principalmente se estiver comprando um item caro (celular, televisão, etc). – veja os parceiros da Multiplus, TudoAzul e Smiles. Atenção: você precisa entrar no site especial da loja através do parceiro – só comprar no site normal e depois tentar receber as milhas não funciona. Então entre nos sites dos programas e acesse os parceiros por ali.

2) Programas de postos de gasolina – a Smiles é parceira da Shell, enquanto a Multiplus do programa Km de Vantagens do posto Ipiranga e a Azul do Petrobrás Premmia.

3) Cias internacionais que têm parcerias com os programas de milhas nacionais. É possível acumular pontos Latam Pass voando Delta, British, Iberia, Qatar e outras, e milhas Smiles voando Copa, Aerolineas, Aeroméxico, Air France, KLM, TAP, Alitalia, Emirates, entre outras. A Azul é parceira da Turkish, Air Canada, United, Copa e Tap.

Ganhar milhas também ao reservar hotel, seguro de viagem alugar carro

Já com a passagem comprada (com milhas ou não), não dá tanto trabalho só entrar nos sites certos para também ganhar milhas ao reservar hotel, seguro de viagem e carro. Vale o mesmo que recomendamos acima: tem que entrar no site certo likado ao programa – por exemplo, esse é o da Hoteis.com que junta milhas na Multiplus, e esse é o Booking.com linkado ao Tudo Azul. Veja nos sites dos parceiros dos programas no item anterior.

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Tendo uma passagem aérea em mente, comparar possibilidades antes de transferir os pontos

Quando for pesquisar passagens, deixe várias abas abertas: 1) a aba do sistema de reserva do próprio banco, 2) as abas de reservas dos programas de fidelidade; 3) as abas dos sites das companhias aéreas. Aí você pode:

– ver se o valor que aparece no sistema próprio do banco está vantajoso.

– ver em qual programa de fidelidade aquele trecho está mais barato (mesmo que isso mude constantemente). Nessa hora você também precisa levar em conta se você já tem milhas acumuladas em algum programa.

comparar o preço que está sendo cobrado em milhas com o preço cobrado em reais nos sites das companhias (às vezes pode ser mais vantajoso comprar a passagem em reais e ainda acumular milhas, deixando para utilizar os pontos em uma outra oportunidade).

ver se a opção “ milhas + dinheiro” vale a pena comparando com o preço em reais mostrado no site da companhia.

– ver se a passagem em dinheiro já está barata (se estiver muito barata, pode não valer a pena “queimar” suas milhas).

Aproveitar as milhas na baixa temporada

Você vai conseguir usar suas milhas para comprar passagens para Orlando com a família toda em julho? Possivelmente não. Mas pode rolar um feriado delícia em Buenos Aires, uma semana de praia no Nordeste, um rolê na Chapada dos Veadeiros, uma visita a Machu Picchu e quem sabe até uma semana em Paris em março ou outubro, por exemplo. Lembrando que trechos nacionais e na América do Sul são mais baratos e têm mais promoções (não é incomum achar trechos por menos de 10 000 pontos).

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Juntar para uma viagem internacional mais longa quando faz sentido

Você prefere juntar para uma viagem internacional? Ok, mas 1) pode ser que demore anos; 2) pode ser que não valha a pena se estiver procurando numa época muito concorrida do ano. Se você só pode viajar na alta temporada, pode ser mais vantajoso fazer mais viagens menores (de fim de semana prolongado ou feriado) saindo de graça com as milhas. Agora, se você, por exemplo, quer viajar sozinho e não tem restrição de período, fique de olho nas promoções que pode ser que role.

Entender o valor da milha

É importante ter em mente que, em algum momento, você pagou pelas milhas, mesmo que indiretamente. Saber quanto valem suas milhas ajuda a entender quando uma passagem vale a pena. Dá para ter uma ideia disso fazendo uma cotação rápida em sites que compram milhas, como o Hotmilhas.

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Faça um curso de milhas

Um curso de milhas vai te oferecer um guia completo sobre como aproveitar ao máximo os programas de fidelidade das companhias aéreas, cartões de crédito e outros parceiros para acumular e resgatar milhas. Esses cursos são projetados para ajudar tanto os viajantes casuais quanto os frequentes a obter benefícios significativos e até mesmo viagens gratuitas.

PEGADINHAS

– Compra de milhas: milha boa é milha grátis. Quase nunca compensa comprar, ainda que os programas ofereçam essa opção.
Clubes e aceleradores: comumente oferecidos pelos programas, os produtos prometem multiplicar seus pontos, mas cobram por isso (com uma mensalidade ou com um valor na fatura do cartão). De novo, para o usuário MEDIANO de milhas, milha boa é milha grátis. Clubes só costumam valer para quem é um usuário avançado e realmente quer dedicar tempo a aproveitar todas as vantagens, e aceleradores só costumam valer para quem quer tirar passagem em classe executiva.
Milhas + dinheiro: quando aparecer essa opção na hora de emitir a passagem, abra em outra aba o site da companhia aérea para ver o preço em reais. Normalmente, se for milhas + pouco dinheiro (tipo até R$ 200, dependendo do trecho) pode valer a pena, mas na maioria das vezes não vale.
Passagens que não levam ao seu destino final: se você quer ir pro Atacama mas a passagem com milhas barata só vai até Santiago, veja bem quanto vai custar esse outro trecho em dinheiro – pode não valer a pena gastar suas milhas e sim comprar o voo com conexão direto na cia aérea.
Passagens mais caras que dão direito a mais milhas: não compensa gastar mais dinheiro pensando nas milhas: a ideia de lucrar com milhagens é acumular mesmo na base do custo benefício.
Passagens só de ida para destinos internacionais com milhas: não valem a pena. Você já deve ter reparado que, quando vai comprar passagens para destinos internacionais, o preço da ida e volta é quase igual o de comprar só a ida. Ou seja: se você comprar a ida com milhas, pode ter que pagar o preço de ida e volta em dinheiro na volta, desperdiçando suas milhas.

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