FUTURO DAS VIAGENS: Com a chacoalhada da pandemia, o que nos espera por aí? Apoiadas nas análises de grandes veículos globais e na nossa experiência aqui no Carpe Mundi, deixamos nossas apostas para o que vem por aí – com um pouco do que a gente acha que vai acontecer e outro tanto do que a gente gostaria que acontecesse.
Autoconhecimento e viagens: uma jornada interior – leia mais aqui
1Futuro das viagens: o que esperar da indústria do turismo nos próximos anos
Talvez fique mais caro ir pra longe por um tempo
Essa matéria da Economist sobre o futuro das viagens fala da demora do tráfego aéreo para se reestabelecer, e que isso vai acontecer em partes: primeiro os voos nacionais, depois os voos internacionais regionais, e, por último, os voos de longa distância. A coisa está feia para grande parte das cias aéreas – segundo a revista, a gente pode ver muitos nomões morrerem nos próximos anos. A diminuição na demanda e na oferta de voos pode causar aumentos nos preços das passagens, e a desvalorização do real vai encarecer ainda mais a coisa pra gente.
Talvez a gente faça mais turismo de natureza
Isso já está acontecendo por causa do distanciamento social. Além disso, destinos urbanos poderão estar com limitações nas atrações mesmo depois que a pandemia passar. E pode ser que, para quem ficou tanto tempo preso, principalmente nas grandes cidades, estar na natureza venha como um desejo forte.
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Talvez a gente busque menos quantidade e mais qualidade
Por consciência própria ou forçadamente por causa das circunstâncias – porque o modelo de turismo deve mudar em muitos lugares e as preocupações com sustentabilidade estão à tona em todas as pontas da cadeira –, pode ser que o turismo empacotado, acelerado e massificado saia cada vez mais de cena para dar lugar a algo mais consciente, mais profundo, mais lento, mais pensado. Algo melhor, mais interessante e menos superficial, que considere o impacto e não só o entretenimento.
Talvez a gente comece a valorizar menos a selfie manjada e mais experiências diferentes
Destinos que estavam sofrendo com superlotação de turistas, como Amsterdã, Barcelona e Veneza, já estão tomando atitudes para que as coisas não voltem a ser o que eram antes. Na Tailândia, por exemplo, a famosa praia de Maya Bay segue fechada e o governo está fazendo uma companha para promover partes menos visitadas do país. No Peru, Machu Picchu deve diminuir o limite de visitantes por dia. Isso pode nos incentivar a ampliar os horizontes, até dentro do nosso país.
FUTURO DAS VIAGENS
Talvez a gente siga alugando casas e trabalhando remoto
O “modelo” de turismo que tem rolado no momento pode continuar, principalmente a coisa do aluguel de casas para trabalho remoto, já que há mais empresas adotando o esquema e proprietários de casas de temporada apostando em Wi-Fi rápido. Quem aí também tem pastinhas de casas legais salvas no Airbnb e em outros sites?
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Talvez a gente procure mais experiências de bem-estar, yoga e meditação
O guruzão Deepak Chopra disse nessa matéria que vê cada vez mais gente buscando viagens para se reinventar, se reconectar com a vida e com a natureza e buscar a própria essência através da espiritualidade e autoconhecimento depois da pandemia. E não precisa ir pro outro lado do mundo pra isso: o Brasil está repleto de experiências desse tipo, em spas, pousadas, retiros, ecovillas e outros locais.
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Talvez as viagens envolvam mais visita a amigos e familiares
O New York Times fala que possivelmente tenhamos mais vontade de visitar pessoas queridas que moram longe para fortalecer as relações depois desse período de isolamento. Ver aquele tio que mora no Nordeste, aquela amiga que mudou pra Portugal, aquela prima que teve filho no interior e que você ainda não conheceu.
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Talvez as políticas de cancelamento e remarcação sigam mais flexíveis
Especialistas preveem que as empresas vão seguir possibilitando remarcar e cancelar viagens com mais facilidade para incentivar o turismo, já que as pessoas estão mais acostumadas com a sensação de incerteza e com as mudanças de planos de última hora agora. Além disso, reservas em cima da hora devem se tornar mais comuns.
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Talvez esteja todo mundo de fato pensando mais sustentabilidade
Pode ser realmente o momento de uma tomada de consciência em relação ao turismo, para repensamos como viajamos, porque viajamos e para onde viajamos. Nos preocupamos com nosso impacto nos lugares que visitamos? Estamos dispostos a abrir os olhos para os males da indústria para fazer e cobrar mudanças? Vamos nos voltar para jeitos mais autênticos e conscientes de viajar?
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Talvez a gente pare de planejar e vá logo fazer aquela viagem tão desejada
A pandemia mostrou que a vida pode dar reviravoltas loucas e que não podemos ficar adiando nossos sonhos. Dentro dessa nova consciência de viajar e do que será possível nos próximos tempos, para onde você quer ir? Quem e o quê você quer ver e vivenciar?