Vista panorâmica do fiorde brasileiro, Saco do Mamanguá, entre montanhas

Saco do Mamanguá: as principais dicas para ir ao único fiorde brasileiro

O Saco do Mamanguá é um gigante da natureza. Um braço de mar que adentra pelas montanhas cobertas por floresta, formando uma geografia que se assemelha a um fiorde, numa região protegida por duas unidades de conservação: a APA do Cairuçu e a Reserva Estadual da Juatinga. No Mamanguá não entra carro, nem escuna; o 3G não pega e o acesso é apenas por barco e por trilha. É um paraíso cheio de tesouros, com cachoeiras, prainhas intocadas, trilhas e vilarejos caiçaras.

Veja abaixo as principais dicas do Saco do Mamanguá e de Paraty-Mirim para você curtir o passeio nesta região incrível.

Mar com água de cor azul-turquesa, alguns barcos em uma costa litorânea do Saco do Mamanguá, em Paraty-Mirim

Como chegar no Saco do Mamanguá

É preciso ir até Paraty-Mirim (fica cerca de 15 km depois de Paraty) e então, no cais do vilarejo, pegar um barco. Nossa recomendação é o Sandro, nativo de lá. O contato é pelo telefone (24) 99328-9563. O carro pode ser deixado nos vários estacionamentos de Paraty-Mirim, com diárias entre R$ 10 e R$ 15.

Para alugar um carro em São Paulo, no Rio de Janeiro ou em qualquer outra cidade brasileira, recomendamos a plataforma RentCars, que compara os preços das principais locadoras e oferece opções de pagamento em até 12 vezes no cartão de crédito. 

Quando ir para o Saco de Mamanguá e Paraty-Mirim

MELHOR ÉPOCA PARA IR AO SACO DO MAMANGUÁ E PARATY-MIRIM: O verão é quente e bastante chuvoso e é considerada a alta temporada. No inverno, predominam dias ensolarados, mas a temperatura pode cair bastante, o que deixa o banho de mar e cachoeira mais desafiador. As meias estações, em abril e maio ou em setembro e outubro, são boas pedidas para pegar um climinha agradável sem a grande quantidade de turistas da alta temporada.

JAN
22°C
27°C
FEV
22°C
27°C
MAR
21°C
26°C
ABR
20°C
25°C
MAI
17°C
23°C
JUN
16°C
22°C
JUL
16°C
22°C
AGO
16°C
23°C
SET
17°C
23°C
OUT
18°C
24°C
NOV
19°C
25°C
DEZ
20°C
26°C

Onde se hospedar no Saco do Mamanguá e em Paraty-Mirim

No Saco do Mamanguá, a dica é esse Airbnb com vista para o Morro do Pico (diárias a partir de R$ 868). Outra sugestão é a Casa de Vidro (diárias a partir de R$ 2 016), que fica em Paraty-Mirim, a poucos minutos de barco do Mamanguá, e é uma experiência maravilhosa. A casa fica debruçada sobre a baía, tem paredes de pedra e madeira e gigantescos janelões de vidro no lugar da argamassa, além do deck no mar e de uma piscina com vista deslumbrante. 

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O que fazer no Saco do Mamanguá

Passeio de barco

O Mamanguá tem dezenas de pequenas enseadas e prainhas e o acesso é sempre por barco ou trilha. Aqui algumas delas:

Saco da Velha: fica na entrada do Saco. É cercada de vegetação densa, com mar cristalino, e um gruta. 

Praia do Engenho: tem águas bem claras, uma pequena ducha de água doce e é ponto de partida para diversas trilhas.

Laranjeiras: costuma ficar mais vazia, e tem uma pequena cachoeira.

Praia do Cruzeiro: é a praia da vila de pescadores, com clima caiçara. Lembra a Trindade de 30 anos atrás, mas é ainda mais tranquila. Dali se avista o imponente Morro do Pico.

Praia do Buraco: pode ser a “Seychelles brasileira” por causa da cor do mar – turquesa – e das enormes pedras polidas de tom claro que formam a sua paisagem.

Para contratar passeios de barcos ou lancha no Saco do Mamanguá, você pode entrar em contato com a Paraty Tours ou com a Palombeta.

Barco de tamanho médio com Morro do Pico ao fundo, navegando pelas águas do Saco do Mamanguá, em Paraty-Mirim
Morro do Pico, coberto por vegetação e rodeado pelo mar verde-turquesa, no Saco do Mamanguá

Trilhas no Saco do Mamanguá

A mais famosa é a que leva para o Morro do Pico. Leva cerca de 40 minutos. Para subir até o topo, o trajeto dura uma hora e é bem íngreme. Mas o esforço vale a pena. Chegando no cume, o olhar alcança até o mar e se enxerga toda a cadeia montanhosa que dá forma ao fiorde.

Cachoeira e caiaque no Mangue

Ao final do Saco Mamanguá, a água do mar se encontra com um mangue que ocupa uma área de sete quilômetros quadrados na Reserva Estadual da Juatinga. É uma área absolutamente preservada, atravessada por um rio de águas salgadas, calmas e cristalinas. Fazer a travessia aqui é uma das cerejas do bolo: são 40 minutos remando por esse rio, ora cerca de mangue, ora de mata densa, até chegar na Cachoeira do Rio Grande. Quem leva é a Paraty Tours e custa R$ 340 por pessoa.

Alugar uma prancha de stand up paddle

Para quem gosta de atividades esportivas, uma boa opção é alugar uma prancha de SUP e se aventurar pelo mar azul-esverdeado do Saco do Mamanguá e de Paraty-Mirim. A Palombeta oferece um roteiro completo para quem curte bastante o stand up paddle, com várias paradas e duração de 6 horas; veja aqui!

Onde comer no Saco do Mamanguá 

Restaurante do Dadico

Restaurante do Dadico: fundado por um pescador nativo, o Dadico, o restaurante oferece uma experiência gastronômica bem autêntica. O menu é o que ele pesca no dia – pode ser uma ostra ou um dos camarões GGG que existem pelo Mamanguá. Para acompanhar, peça uma porção de mandioca, colhida ali mesmo pelos quintais.

Restaurante do Orlando e da Maria: fica na Praia do Cruzeiro, perto da entrada para a trilha para o Morro do Pico. Serve comidas caseiras e frutos do mar.

Restaurante Eco Lodge: a pousada tem um restaurante aberto ao público, na Praia Grande. Os pratos são bem servidos, priorizando os frutos do mar.

Restaurante do Cruzeiro: na praia de mesmo nome, o restaurante da Dona Roseli e do Seu Maneco é simpático e serve pratos feitos a partir de R$ 30.

O que fazer em Paraty-Mirim

A vila de Paraty-Mirim costuma servir mais como porta de entrada para quem quer explorar o Saco do Mamanguá, mas tem também a sua dose de praias desertas sem aglomeração e uma vibe caiçara, para quem quer fugir da agitação de turistas de Paraty. A principal praia é a Praia de Paraty-Mirim, com suas águas calmas e uma maior estrutura para turistas. Lá está localizada a igreja Nossa Senhora da Conceição, uma igrejinha à beira-mar que data do período colonial. Já a Praia do Furado é acessível através de uma curta trilha e também mantem o mesmo aspecto de calmaria, sendo ainda mais vazia. A Praia da Estrada Velha, por sua vez, requer uma trilha um pouco mais longa que passa perto da aldeia indígena de Paraty-Mirim. No caminho, há uma cachoeira também.

Em tempo: o acesso até a Praia de Paraty-Mirim percorre oito quilômetros de estrada de terra, que pode ser bem desafiadora em períodos chuvosos.

Vista panorâmica do mar esverdeado e trechos de terra no Saco do Mamanguá, em Paraty-Mirim

Extra: vídeos do Saco do Mamanguá e Paraty-Mirim by Juju na Trip

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Mulher morena ao lado de um fusca amarelo, com uma blusa branca e short jeans, segurando uma sombrinha rosa. Juju na Trip Blog.

A AUTORA

Gabriela Temer é editora do Juju na Trip, blog jornalístico de viagem em família, aventura, experiências e outdoor, e administra o Instagram @jujunatripblog.

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