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Miniguia de Aiuruoca, no sul de Minas: o que fazer e onde ficar

Aiuruoca (MG)

Localizada numa área de proteção ambiental da Serra da Mantiqueira, com a Serra do Papagaio como plano de fundo, Aiuruoca é um pequeno vilarejo com pouco mais de 6 mil habitantes, uma igrejinha do século 18 e um punhado de lojas com produtos feitos por ali. Aos pés do marcante Pico do Papagaio, a cidade é base para visitar dois belos vales, o do Matutu e o dos Garcias, que abrigam rios, cachoeiras e matas fartas pontuadas por araucárias. Com uma altitude média de 1600 metros, predomina ali aquele friozinho de serra – uma série de pousadas, casas e chalés de temporada recebem os visitantes.

Veja aqui nosso miniguia para Aiuruoca (MG):

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Aiuruoca e o Pico do Papagaio

Como chegar a Aiuruoca:

A cidade está a 329 km do Rio de Janeiro, 368 km de São Paulo e 416 km de Belo Horizonte. É possível ir de ônibus fazendo baldeação na cidade vizinha, Caxambu, mas, para se deslocar, é melhor estar de carro. Ficando hospedado dentro de um dos vales dá para visitar atrações a pé, mas precisa de carro para ir de um vale para o outro ou para a cidade.

Quando ir a Aiuruoca:

De maio a outubro o clima é mais seco, ensolarado de dia, friozinho de noite, e as cachoeiras ficam menos caudalosas. No verão é mais quente, mas há grandes chances de chuva e tempo nublado. A cidade é uma opção interessante para quem quer sossego nas festas de fim de ano, mas é preciso reservar a hospedagem com bastante antecedência e, como foi dito, pode chover bastante. Uma semana antes do Carnaval rola o AiuruFolia, com festas e shows bem agitados.

Onde ficar em Aiuruoca:

O negócio ali é reservar uma hospedagem imersa na natureza. O Vale do Matutu, reserva natural de 30 km² que concentra boa parte dos passeios, é mais conhecido e tem mais opções de hospedagens próximas, inclusive de pousadas holísticas e retiros espirituais.

Bem no início do vale, a Patrimônio do Matutu (diárias a partir de R$ 600 no duplo e R$ 780 no triplo com café e jantar) tem uma bela casa de hóspedes com 9 suítes, salão com lareira e refeitório com fogão a lenha. Um pouco mais para dentro do vale, já no caminho para a Cachoeira do Fundo, a Pousada Anahata (diárias a partir de R$ 400) também fica em um casarão com quartos em cima e sala embaixo, em meio a um belo terreno com horta (eles também alugam a propriedade inteira para grupos). Na estradinha da cidade de Aiuruoca para o Matutu, perto da Cachoeira dos Macacos, fica a bonita Pousada Mandala das Águas (diárias a partir de R$ 390), com quartos confortáveis e boas vistas para a mata. Bem pertinho dela, a Vila Ananda (diárias a partir de R$ 186) tem casas e chalés de diferentes tamanhos. Com pegada mística, a Pousada Canto do Papagaio (diárias a partir de R$ 598 com atividades e refeições) fica dentro de uma reserva ecológica privada com fácil acesso aos dois vales. Há retiros programados, bistrô vegano, trilhas, cachoeira, aulas de yoga e um centro cultural. No Vale dos Garcias, a Pousada Canto das Bromélias (diárias a partir de R$ 300) fica acima das nuvens nos dias nublados e tem chalés românticos com varanda e jacuzzi. Perto da cidade – ou seja, dá para acessar qualquer um dos vales de carro – ficam pousadas como a Paraíso dos Tucanos (diárias a partir de R$ 413), com quartos simples em um terreno bonito e estrutura boa para quem vai com crianças – laguinho, ofurô, fazendinha, salão de jogos e quadra.

+ Pousadas em Aiuruoca (MG)

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O que fazer em Aiuruoca:

VALE DO MATUTU E ARREDORES

A cerca de 20 km de estrada de terra do centro da cidade, o vale é cuidado de perto por uma associação de moradores que controla o acesso e mantém o local preservado. Ele é introduzido pelo Casarão, de um antigo fazendeiro da região, que funciona como centro de visitantes e tem uma lojinha com produtos feitos pela região. Ali é preciso deixar o carro em um estacionamento e seguir a pé (se você ficar hospedado dentro do vale, vai ter que deixar o carro ali e ir a pé até a sua pousada. As hospedagens costumam mandar carroças e burrinhos para ajudar com o transporte das malas).

Poço das Fadas

Bem na chegada do vale fica a saída para trilha para o PICO CABEÇA DE LEÃO, uma trilha moderada de cerca de 1h30 que proporciona vistas panorâmica para o vale – vá em dias claros, de preferência no pôr do sol. Pertinho do estacionamento fica o POÇO DAS FADAS, um bonito poço de água verde-esmeralda (em dias de sol) entre a mata com uma pequena queda d’água. Pelo fácil acesso, costuma encher nos feriados. Entrando pelo vale, você caminha por uma série de cenários bonitos, passando por rios cristalinos. Seguindo por 1h30 a 2h de trilha você chega na CACHOEIRA DO FUNDO, a mais emblemática do vale, com 120 metros de altura. No meio do caminho fica a CACHOEIRA DO MEIO, também gostosa, com uma piscina rasinha e quedas para se molhar.

Para quem encara caminhadas longas, é possível contratar um guia no centro de visitantes para subir até o PICO DO PAPAGAIO, por uma trilha de 14 km ida e volta – um rolê que dura praticamente o dia todo e faz você se sentir no topo do mundo no final.

Na estrada entre a cidade e o vale, há três cachoeiras para conhecer. A CACHOEIRA DOS MACACOS é gratuita – o começo da trilha fica no canto da estrada, 300 metros antes da entrada do vale. Uma trilha de 15 minutos leva a uma série de quedas nas pedras, com alguns locais para nadar e tomar sol. Também é bacana a CACHOEIRA DE DEUS ME LIVRE, dentro de uma propriedade privada, alcançada por uma trilha de 20 minutos. Parte da área da pousada Abrigo da Montanha Batuque fica a CACHOEIRA DO BATUQUE, que não tem poço para banho mas é bonita de se ver, com 30 metros de altura. A trilha dura uns 25 minutos.

Cachoeira do Deus Me Livre

VALE DOS GARCIAS
Se estiver hospedado em outros locais, reserve pelo menos um dia para ver as atrações dali, que ficam a cerca de 15 km por estrada de terra do centrinho da cidade – o ideal é ir com carro 4×4, mas, se não tiver chovido, o convencional dá conta. Se preferir ir com uma agência, veja o tour da Bicudo Adventure, que também passa por empórios e pela produtora de azeites da região, a Olibi.

O passeio pode passar pelo POÇO JOAQUIM BERNARDO, gostoso para banho, e depois pela pequena CACHOEIRA DO TIZIU, alcançada por apenas 10 minutos de caminhada. Depois, rume à top CACHOEIRA DOS GARCIAS, com 30 metros de altura e uma piscina muito gostosa para ficar boiando um tempão – vá no sol alto, das 11h às 13h, quando bate sol nela. Quem estiver de 4×4 (aí só 4×4 mesmo) pode seguir para admirar o pôr do sol no alto do Parque Estadual da Serra do Papagaio, cinematográfico.

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Cachoeira dos Garcias

Onde comer em Aiuruoca:

Na chegada ao Vale do Matutu, o restaurante de comida caseira mineira da Tia Iraci é uma instituição da cidade – ligue antes de ir para ver se está funcionando – tem leitão à pururuca mas também tem feijoada vegetariana. Para uma refeição mais sofisticada, em um sítio da região fica o Fios da Terra Bistrô, que tem horta própria e produz kombucha. No centro, a Pizzaria Aroma da Terra convida a um jantar com pizza. No Vale dos Garcias ninguém passa sem comer no Restaurante Casal Garcia.

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