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Bibliotecas mais lindas do mundo: uma seleção com arte, cultura e história

Entre tantas opções de pontos turísticos, as bibliotecas não parecem lugares óbvios. Mas quem pensa que ir nesses lugares significa apenas ver livros em estantes pode se surpreender.

Selecionamos dez das bibliotecas mais lindas do mundo para provar que é possível ter uma experiência incrível visitando esses centros de cultura, história e arte, que nem sempre estão nos roteiros de turismo clássicos. Mais do que simples “repositórios de livros”, cada um dos recintos selecionados têm características que os fazem únicos. Além, é claro, da beleza estonteante que encanta até mesmo quem não é muito fã de leitura.

Real Gabinete Português de Leitura

Rio de Janeiro, Brasil

É quase impossível falar das bibliotecas mais lindas do mundo sem mencionar o nosso exemplar brasileiro: o Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro. Foi lá que aconteceram as primeiras sessões oficiais da Academia Brasileira de Letras, fundada por Machado de Assis. É ele também que abriga uma das primeiras edições de Os Lusíadas, de Luís de Camões. 

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Fundado em 1837 por um grupo de imigrantes portugueses, a proposta era recriar uma “boutique à lire”, típica da França pós-revolucionária. Os gabinetes de leitura surgiram como casas onde se podiam alugar livros, mediante pagamento e prazo para a devolução. Ou seja, um protótipo de biblioteca. Mas foi apenas em 1900 que o gabinete se tornou, de fato, uma biblioteca pública. Sua fachada foi inspirada no Mosteiro dos Jerónimos, localizado em Lisboa, com peças trazidas de navio de Portugal para o Brasil.

E essa não foi a única influência dos portugueses: essa biblioteca é, hoje, a maior embaixada de literatura portuguesa do mundo. Além de um ponto turístico de destaque no Centro no Rio, onde o salão de leitura iluminado por luz natural, a vasta coleção de pinturas e os mais de 350 mil exemplares de livros ganham realce. Leia mais sobre o que fazer no Rio de Janeiro em 28 programas imperdíveis aqui.

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Biblioteca Nacional da República Tcheca (Clementinum)

Praga, República Tcheca

Fortemente influenciada pela arquitetura barroca, ocupa um dos prédios do complexo histórico de edifícios de Clementinum, em Praga, e por isso, às vezes, é chamada de Biblioteca Clementinum. Ao ver seus afrescos no teto pintados por Jan Hiebl, é fácil imaginar por que recebe o título de uma das bibliotecas mais lindas do mundo.

Assim como o Real Gabinete, ela não nasceu como uma biblioteca. A Clementinum era um colégio jesuíta e apenas se tornou uma biblioteca pública em 1773. Próxima da Ponte Carlos, um dos principais pontos turísticos da capital da República Tcheca, é possível fazer um tour guiado de 50 minutos pelas suas áreas abertas ao público. 

Você pode incluir esse passeio quando estiver planejando o que fazer em Praga

A biblioteca possui uma forte conexão com a astronomia. A começar pelo Salão Meridiano, que era usado para determinar a hora através de um buraco na parede, por onde passava um raio de sol exatamente ao meio dia. O Salão da Biblioteca tem uma coleção incrível de globos, que chamam a atenção nas fotos. Além disso, a Clementinum também possui um mirante com 68 metros de altura que oferece uma visão panorâmica do Centro Histórico de Praga. Mirante este chamado de Torre Astronômica

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A Biblioteca Nacional da República Tcheca também abriga a Capela dos Espelhos, onde acontecem concertos musicais. Essa é outra oportunidade para explorar esse lindo centro cultural e histórico e ainda ver um órgão original do século 18, onde tocou Mozart.

Biblioteca Real de Copenhagen

Copenhague, Dinamarca

Conhecida como Diamante Negro, o edifício moderno da Biblioteca Real de Copenhagen impressiona pela sua construção em granito polido preto, que reflete o céu e a água do porto de Copenhagen. Em posição privilegiada, essa biblioteca não se restringe ao empréstimo e exposição de livros. Lá dentro, há uma sala de concertos, espaços de convivência e também o Museu Nacional de Fotografia

O prédio original da biblioteca foi fundado em 1648 e aberto ao público em 1793. Hoje, três pontes ligam o original ao novo, inaugurado em 1999. De forma simbólica, esses dois lados da história convergem e mostram que visitar bibliotecas é também uma forma de entender mais sobre um país. O mesmo recinto que abriga os primeiros livros impressos na Dinamarca (de 1482!) também tem arquivos digitais e jogos de videogame. Lá dentro, há uma sala de concertos, espaços de convivência e também o Museu Nacional de Fotografia

Para um roteiro bem dinamarquês, vá de bicicleta e aproveite para visitar os outros sítios históricos próximos a biblioteca, como o Palácio Christiansborg e o Museu Nacional da Dinamarca, o Nationalmuseet.

Biblioteca Pública de Taipei (Sede de Beitou)

Taipei, Taiwan

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Para ser considerada uma das bibliotecas mais lindas do mundo, não é necessário que a construção seja antiga ou tradicional. E a sede de Beitou da Biblioteca Pública de Taipei é a prova viva. Desde sua inauguração em 2006, o espaço pode ser classificado como um oásis natural no ambiente urbano da capital de Taiwan.

A biblioteca localiza-se no parque Beitou e é referência quando se fala da tendência ecológica na arquitetura. Há jardins no telhado e um sistema de recuperação de água. A energia vem de painéis solares e os ambientes internos têm ventilação natural. 

A bela construção em madeira chama a atenção também em meio ao concreto e vidro dos seus arredores. Ao anoitecer, as luzes interiores em contraste com o céu mais escuro formam uma paisagem que transmite tranquilidade. É o lugar ideal para quem quer se refugiar do ritmo urbano de Taipei. 

Biblioteca de Sainte-Geneviève

Paris, França

No coração do Quartier Latin, próxima de um dos pontos turísticos mais célebres de Paris – o Panthéon –, essa entra para a lista das bibliotecas europeias clássicas. Se por fora ela parece apenas mais um prédio francês antigo, por dentro ela surpreende. 

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O responsável por seu projeto foi Henri Labrouste, proeminente arquiteto que ficou conhecido por incorporar estruturas de ferro em suas construções. Ao adentrar na Sainte-Geneviève, é possível ver claramente a influência desses elementos na arquitetura. O teto tem arcos metálicos que tornam o interior da biblioteca mais interessante e acolhedor. 

É possível conhecê-la de dois jeitos: através das visitas de descobertas, de curta duração (aproximadamente 10 minutos), e das visitas patrimoniais, que exigem reserva e um grupo mínimo de 5 pessoas.

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Biblioteca Central de Seattle 

Seattle, Estados Unidos

Andando pelas ruas de Seattle, é impossível não notar o prédio da Seattle Public Library, ou Biblioteca Central de Seattle. Seu design moderno, com estrutura de vidro e aço desconstruída e plataformas flutuantes, chama a atenção. Se fosse necessário definir apenas uma palavra para descrever esse edifício, seria: futurista.  

Típica biblioteca urbana, um de seus pilares é ser um armazenador de informação, em diversas plataformas e mídias. Além disso, a Biblioteca Central é também um centro cultural, com programação para públicos de diferentes faixas etárias. Aberta ao público desde 2004, sua integração com a população local é intensa. Através do programa “Amigos da Biblioteca Pública”, os habitantes de Seattle podem contribuir com a manutenção do espaço. 

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Biblioteca John Rylands

Manchester, Inglaterra

Seu exterior lembra uma igreja, mas na verdade se trata da tradicional Biblioteca John Rylands. Se você quer entender mais sobre o estilo neogótico na Europa, esse é o lugar ideal. A ligação com a religião não se restringe ao projeto arquitetônico, mas está relacionado diretamente com sua idealizadora.

Fundada por uma mulher (!) no século 19, essa biblioteca foi uma homenagem de Enriqueta Augustina Rylands ao seu falecido esposo, John Rylands, um dos maiores empresários industriais e o primeiro multimilionário de Manchester. Seu objetivo era que as estantes abrigassem um acervo de livros de teologia. 

Hoje, a biblioteca faz parte da Universidade de Manchester e tem obras dos mais variados gêneros. E o seu salão principal lembra outra icônica construção gótica da Europa: a Igreja Notre Dame. 

Biblioteca de Alexandria (Escolástica Alexandrina) 

Alexandria, Egito

Se esse nome lhe parece familiar das aulas de história, não estranhe. Essa biblioteca inaugurada em 2002 é uma referência àquela Biblioteca de Alexandria da Antiguidade, que foi incendiada levando consigo muito do conhecimento ocidental. Por esse motivo, duas palavras podem resumir o que esse ponto turístico carrega: simbolismo histórico.

Construída próxima da antiga, a Escolástica Alexandrina está de frente para o Mar Mediterrâneo e é uma das referências no Norte da África. Em seu exterior, a decoração é composta por caracteres de 120 idiomas, como referência à antiga biblioteca, que abrigava conhecimentos de diversas partes do mundo. 

E essa não é a única característica cosmopolita de uma das bibliotecas mais lindas do mundo. Um dos motes da  instituição é ser um “centro de aprendizado, tolerância, diálogo e compreensão”. A Biblioteca de Alexandria é também um centro cultural e tem em seu interior 4 museus: o Museu de Antiguidades, o Museu de Manuscritos, o Museu de Sadat e o Museu da Ciência.

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Esta biblioteca e sua antecessora mostram a importância desses espaços como celeiros de conhecimento. Por esse motivo, incluí-la em seu roteiro turístico pode ser uma ótima oportunidade para entender mais sobre o Egito e sobre o mundo.

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Biblioteca Nacional Marciana

Veneza, Itália

Num roteiro pela Itália, Veneza é uma das cidades de parada quase obrigatória. Seus canais e paisagens são encantadores. Naquela clássica visita à Piazza San Marcos, é possível incluir uma visita à Biblioteca Nacional Marciana

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Com fortes influências renascentistas, é também chamada de Biblioteca Sansoviana por ter sido projetada pelo escultor e arquiteto Jacopo Sansovino. A arte está por seus quatro cantos. No teto, pinturas. Nas paredes, retratos de filósofos para remeter ao ambiente das bibliotecas da Antiguidade. No telhado, esculturas. Não é de se admirar que sua construção tenha durado 51 anos, de 1537 a 1588.  A biblioteca tem um grande coleção de textos clássicos e é um dos pontos que valem a pena ser visitados na rota de museus venezianos.

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Biblioteca Nacional de Sejong

Sejong, Coreia do Sul 

Completando a lista de bibliotecas mais lindas do mundo, temos a Biblioteca Nacional em Sejong, localizada a 1h30 horas de Seul. Criada para ser a futura capital administrativa da Coreia do Sul, a cidade abriga não somente a biblioteca mas outras instituições coreanas importantes, como o Ministério da Educação e o da Cultura. 

Inaugurada em 2013, sua maior inovação está no design. Olhar para o edifício é como olhar para uma página de livro sendo virada. Mas não é apenas de livros que se trata esse espaço. Há muitos recursos multimídia que reforçam o aspecto de Biblioteca Emocional (e-brary, emotion + library). Ou seja, este é um lugar no qual o analógico e o digital se juntam para ampliar a experiência do visitante e expandir os horizontes da informação. 

Confira estes livros clássicos de literatura estrangeira:

Os Miseráveis – R$ 40

Publicado em 1862, o romance já virou filme mais de uma vez e, por meio do protagonista, Jean Valjean, faz uma crítica e reflexão profunda ao tratar da desigualdade social e fome de Paris durante o século XIX. Foi escrito após a queda da monarquia na França e é um marco do movimento literário do Romantismo.

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O Pequeno Príncipe – R$ 12

O livro no qual a história marcou gerações de leitores em todo o mundo, aborda diversos temas interessantes, como o amor e a amizade, felicidade e a tristeza, o adulto e a criança. Em 27 capítulos, são contadas as aventuras de um Pequeno Príncipe.
Obs: bacana para todas as idades!

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Robinson Crusoé – R$ 59

Um clássico da literatura inglesa, Daniel Defoe narra a vida de Robinson Crusoé e apresenta suas aventuras. O personagem vive numa ilha com apenas uma faca, um cachimbo e um pouco de tabaco, além de um formidável instinto de sobrevivência. Além disso, é capaz de sobreviver a piratas e selvagens canibais.

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Por Maria Eduarda Nogueira
@meduardanog

Uma comunicadora por paixão, ama criar conteúdos digitais autênticos e aprender novos idiomas. Acumula na bagagem o inglês, o francês e o espanhol e um repertório de mais de 300 livros lidos. Viagens são sua forma preferida de consumir cultura. Fã de espaços urbanos diversos e metrópoles vibrantes, tem nos cafés e livrarias mundo afora seus lugares preferidos - sempre com um chocolate quente em mãos e em busca do próximo idioma para aprender.

3 comentários

Que legal😊

Resposta

Muito bom este artigo! Eu sempre gosto de visitar bibliotecas e a que mais gostei foi a Clementinum. Fiz um breve relato em meu site: https://marcozero.blog.br//clementinum-a-biblioteca-mais-bonita-do-mundo/

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