Dicas da Islândia

Dicas da Islândia: 15 coisas que você precisa saber antes de ir à terra do fogo e do gelo

A Islândia se tornou um destino turístico popular nos últimos anos após três grandes fenômenos: a crise econômica em 2008, a erupção do vulcão Eyjafjallajökull em 2010 e a utilização das paisagens locais como cenários de vários filmes e séries.

A  crise econômica fez com que a Islândia se tornasse um país mais acessível em termos financeiros. Já a erupção do vulcão e a aparição das paisagens islandesas em filmes e séries populares como Game of Thrones, Interestelar, Batman Begins e Thor, colocaram a ilha vulcânica na mídia. Em seguida, não demorou muito pro país nórdico se tornar um destino almejado por muitos viajantes.

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Com sua terra preta sem muitas árvores, lagos de água azul turquesa, cachoeiras gigantescas e gêisers, a Islândia surpreende com suas paisagens. Seu idioma, sua topografia, fenômenos naturais e a cultura local levantam alguns pontinhos de interrogação na hora de planejar a viagem. Confira aqui as nossas dicas da Islândia com tudo o que você precisa saber antes de pisar na terra do fogo e gelo.

Dicas da Islândia: O que você precisa saber antes de ir

Dicas da islândia

DICAS DA ISLÂNDIA

1) Planeje-se: estradas desertas

No sul da Islândia, mais visitado pelos turistas por conta da proximidade com Reykjavik, você encontra mais cidades com maior infra-estrutura. Porém, em grande parte do país, principalmente mais ao norte, você vai dirigir por horas sem ver uma vilarejo, um posto de gasolina, um restaurante ou uma loja de conveniência. Por isso, mantenha seu carro sempre abastecido e leve sanduíches, snacks e água extra. Também vale baixar algumas playlists via Spotify ou Deezer pra ouvir offline.

Road trip

2) Alugue um carro 4×4

Primeiro que viajar pela Islândia pede um carro alugado em 99% das vezes: são deslocamentos grandes, estradas vazias e muito mais flexibilidade para desbravar a natureza selvagem do país (a única exceção é pra quem fica somente na capital Reykjavik). E, pra não ter problemas, a melhor opção é alugar um 4×4 – principalmente se for inverno. É o melhor investimento que você vai fazer na viagem. A RentCars compara preços das melhores locadoras – cote seu veículo aqui! Eu aluguei um Vitara da Suzuki e deu tudo certo.

4) Você com certeza vai precisar de Internet – ou um GPS

Na Islândia, ter conectividade à Internet ou um GPS em mãos é essencial. Primeiro porque as estradas não tem muitas indicações de sinalização e segundo porque as poucas placas existentes são quase impossíveis de entender – a língua islandesa não é brincadeira. A melhor escolha é ter um celular com Wi-Fi ou alugar um GPS para o carro com a locadora. Uma dica é já encomendar o chip desde o Brasil com a EasySIM4U (cote aqui!) ou comprar no aeroporto assim que desembarcar na Islândia – uma loja de conveniência no térreo vende chips da Síminn. Além dela, a Vodafone funciona bem no país.

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4) Tome cuidado com as ovelhas

Em regiões mais isoladas, principalmente ao norte e ao leste, fazendas cheias de ovelhas dominam a paisagem. A maioria dos animais estão espalhados pelos campos e penhascos. Mas alguns pulam a cerca e ficam comendo grama na beira da estrada. No verão então, quando as ovelhas pastam livremente e, por vezes, andam pela pista despreocupadamente, fica mais perigoso. Dirija com atenção para evitar acidentes.

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5) Só vai fazer base em Reykjavik e não precisa de carro alugado? Vá de ônibus do aeroporto ao seu hotel

O maior aeroporto da Islândia fica a 45 minutos da capital. Pra chegar em Reykjavik, uma alternativa pra quem não vai alugar carro na viagem, é ir de ônibus. A empresa FlyBus tem ônibus com Wi-Fi saindo a cada 30-40 minutos depois de chegada de cada voo. O ônibus parte logo das portas do aeroporto e vai até o terminal de ônibus BSI. De lá, você pega pode pegar um outro ônibus que para em vários pontos de Reykjavik, em diversos hotéis. Confira todas as paradas aqui. Dá pra fazer comprar a sua passagem online neste site.

6) Os restaurantes tendem a ser bem caros, até para o padrão europeu

A Islândia é um país caro, até mesmo para os europeus. Uma refeição pra dois em um restaurante bacana, sem grandes luxos, custa pelo menos € 60. Mas a real é que, fazendo o tour completo pela Islândia, é bem provável que você vá no máximo em um restaurante por dia e isso acaba equilibrando um pouco os custos. Como disse no item número 1 deste post, você vai dirigir por algumas horas sem ver nenhuma cidade, ou seja, raramente vai encontrar um restaurante. Por isso, você precisará preparar alguns sanduíches pra viagem. A rede de supermercados Bónus, com o logo de um porquinho, é uma das mais baratas e populares da Islândia.

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7) É provável que você coma no hotel alguns dias

Falando em comida, é importante saber que as áreas mais remotas não tem muitos restaurantes. Muitas vezes, não tem se quer um. Por isso, é de praxe que os hotéis sirvam jantar. Até nas hospedagens mais simples, a comida é de lei. Pra quem vai ao norte, o Hotel Varmahlíd (diárias a partir de € 104) e o Sel – Hótel Mývatn (diárias a partir de € 105), em que eu fiquei, são boas escolhas, pois nada ali é pra “quebrar o galho”. Ainda que a vibe seja mais simples e informal,  eles tem uma boa variedade de pratos como sopas, massas e peixes frescos. O Hotel Skaftafell (diárias a partir de € 140), na região sul, também serve um jantar variado com direito à mise en assiette à moda francesa. Ao longo da viagem, é provável (e recomendável pela experiência) que você também se hospede em uma cabana, estadia popular no país. A maioria não tem os serviços comum de hotelaria, como o café da manhã, mas fornecem cozinhas equipadas com tudo o que você precisa pra preparar suas refeições.

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8) Você não vai gastar quase nada pra visitar os pontos turísticos

São raras as vezes em que você vai pagar a entrada e o estacionamento pra visitar um local. A maioria dos pontos turísticos tem acesso gratuito, como Kirkjufell, a cachoeira de Godafoss, o campo geotermal de Hverir e o lago glacial de Jökulsárlón. Um dos únicos lugares em que se precisa pagar o ingresso é  Vestrahorn (foto acima). A entrada custa cerca de € 5 por pessoa e dá acesso à montanha, a uma linda praia de areia preta e a um vilarejo viking utilizado como cenário pra filmes de Hollywood.

9) A maioria dos pontos de visita ficam logo na beira da Estrada 1

A Estrada 1 é a principal rota turística da Islândia. A partir dela você tem acesso fácil aos principais pontos turísticos da Islândia como suas cachoeiras e lagos. Normalmente, o ponto de visita fica bem na beira da estrada. Uma exceção à regra é a cachoeira de Svartifoss. Ela fica em uma reserva com estacionamento pago e é acessível por uma trilha de mais ou menos trinta minutos com muitas subidas e descidas. Mas a vista da cachoeira emoldurada por um paredão de rochas retas faz valer a pena.

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10) No sul tem mais turistas

Se você optar por fazer a volta completa pela Islândia, seguindo a Estrada 1, você vai perceber que as regiões norte e leste tem bem menos turistas. Isso porque essa viagem envolve no mínimo 9 dias de estadia e muitas horas dirigindo. Quem faz a volta completa geralmente opta por fazer o circuito no sentido anti-horário. Eu fiz no sentido horário, partindo de Reykjavik. Por isso só cheguei ao sul no final da viagem e aí que vi mais turistas. Essa região tem pontos de visita lindíssimos como a praia de areia preta Reynisfjara, o lago lago glacial de Jökulsárlón e o Geysir. Mas por estarem mais perto da capital, tendem a ser bem populares entre os turistas. Começando a viagem pelo sul, pode dar aquela desanimada, pois a quantidade de turistas tira um pouco o charme do lugar. Mas ainda sim vale a pena passar por cada cantinho.

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11) Dá pra se virar muito bem falando inglês

O islandês é um idioma derivado da língua nórdica antiga, falada entre os anos 500 e 1500. Por ser muito isolada dos outros países, a Islândia manteve seu idioma nacional, o islandês, muito bem conservado.  Sem aceitar a inserção de palavras estrangeiras, o idioma permanece o mesmo depois de muitos anos. Por isso nativos de hoje conseguem ler tranquilamente a versão original de textos escritos na Idade Média. Apesar disso, boa parte dos islandeses fala inglês, principalmente os jovens. Nos hotéis, pontos turísticos, restaurantes e na maioria dos postos de gasolina você não terá problema pra se comunicar em inglês.

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12) Em certas regiões do país, a água quente da torneira e do chuveiro cheira a enxofre

Ao ligar a água quente da torneira ou do chuveiro, você pode sentir um forte cheiro de enxofre. Não se preocupe, isso é totalmente normal e a água está limpa. A Islândia faz uso da geotermia para o consumo de água quente, ou seja, a água em temperaturas altas vem diretamente debaixo da terra. E, por conta da atividade vulcânica, ela tem uma alta concentração de enxofre, por isso o odor desagradável. Você vai sentir esse cheiro também no Geysir e no campo geotérmico Hverir.

13) Na hora de tomar banho e lavar as mãos, tire suas jóias de prata

Por conta da forte concentração de enxofre na água quente, tire suas jóias de prata antes de tomar banho ou lavar a mão. Em contato com a água, a prata fica marrom. Mas, se você se esqueceu de tirar e a sua pulseira, brinco ou colar e ele ficou marrom, não se preocupe. Use uma pasta de dente pra limpar o acessório que ele fica novinho em folha ?

14) A água da torneira é puríssima e 100% potável

Apesar do cheiro da água quente, saiba que a água na Islândia é puríssima e 100% potável. A água gelada não tem cheiro de enxofre, então você não precisa se preocupar quanto ao mal cheiro. Uma boa é levar uma garrafa reutilizável e ir enchendo ao longo da viagem. Ela é bem melhor que muita água mineral que compramos por aí.

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15) Planeje-se se você quer ver a aurora boreal e saiba que nem sempre dá certo

Dá pra ver a aurora boreal entre agosto e abril, mas o melhor período é entre outubro e março. A fase da lua pode interferir na visão se a aurora estiver muito fraca. Sem poluição luminosa, da lua, dos postes e das cidades, o céu fica mais preto e a aurora tende a se destacar mais. O melhor combo é noite escura + atividade solar alta + informação + sorte. Baixe o aplicativo My Aurora Forecast pra acompanhar o índice KP e a probabilidade de ver a aurora boreal nos dias a seguir. O índice KP mede a intensidade do fluxo solar e as perturbações na alta atmosfera terrestre. Esse índice varia entre 1 a 9, a partir de 5 as chances são grandes de você conseguir ver a aurora. Alguns hotéis tem um serviço chamado Northern Lights – Wake Up Call. Você coloca o seu nome em uma lista e caso tenha aurora boreal à noite, eles ligam para o seu quarto pra você descer e conferir o fenômeno.

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Por Giovanna Saba
@gigiemparis

Você deve conhecê-la de outro endereço, do blog Gigi em Paris, seu diário sobre a vida na capital da França. E, como pode imaginar, aqui no Carpe Mundi produz o melhor conteúdo sobre Paris. Acredita que os macarons ganham um sabor mágico se degustados em um quarto de hotel com vista para a Torre Eiffel.

4 comentários

Amei a forma clara e detalhista do post 🙂

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O jeito que você descreveu tudo, foi como se eu estivesse lá, em cada lugar, vivendo um momento por um vez!
Parabéns, deu muita vontade de estar lá!

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… reutiliZável…

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Estou maravilhada com a Islândia país nórdico sem dúvida sera meu destino na próxima oportunidade…bora caprichar no meu inglês

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