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FAQ Ilhas Seychelles: montando roteiro, como chegar, clima, moeda, idioma e mais

Perdidas no meio do Oceano Índico, as 115 ilhas e ilhotas de Seychelles figuram como famoso destino tropical, especialmente para casais em lua de mel, assegurando tranquilidade, sossego e calmaria nos trópicos em meio à areia branquinha, água azul-cristalina, pedras graníticas saídas da era dos dinossauros e matas virgens contornando a paisagem.

Agora, como faz pra chegar lá? É caro? Qual a melhor época pra viajar? Quais dicas para quem vai em lua de mel? Quais idiomas são falados nas Ilhas Seychelles? Que moeda levar? E o que não pode faltar no roteiro? Veja aqui um FAQ completo com 15 perguntas e respostas sobre o paraíso.

ILHAS SEYCHELLES: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER ANTES DA VIAGEM

1) Onde ficam e como chegar nas Ilhas Seychelles?

As 115 ilhas e ilhotas do arquipélago de Seychelles estão localizadas no Oceano Índico, próximas ao continente africano, ao nordeste de Madagascar. De Johanesburgo, a maior cidade da África do Sul (o país mais turístico próximo geograficamente), são 4h de voo até Mahé, principal ilha de Seychelles. Voar São Paulo – Johanesburgo – Mahé é, aliás, a forma mais rápida e eficiente de chegar nas Ilhas Seychelles. A South African Airways faz o percurso SP-Johanesburgo em 8 horas e voa de lá até Mahé, em parceria com a Air Seychelles, em mais 4h, com passagens na faixa dos R$ 5 000. Também dá pra voar com a Ethiopian Airlines via Etiópia desde R$ 4 500, mas aí a viagem dura 16 horas (fora tempo de conexão em Adis Abeba, capital da Etiópia, leia review da cia aérea aqui). Das companhias aéreas que fazem o percurso, a Emirates é a mais bem avaliada, mas tem passagens desde os R$ 6 000 e viagem total que dura cerca de 20 horas (também sem o tempo de conexão em Dubai).

2) É uma viagem muito cara? Afinal, quanto custa?

Sim, é um destino relativamente caro. Mas onde o preço pago tem seu valor. Seychelles é campeã em serviço de qualidade em seus hotéis, restaurantes e estabelecimentos turísticos em geral. E pagar por infraestrutura impecável que funciona e tem hospitalidade nota dez, fora o fato de se estar em um dos destinos de natureza mais belos do mundo que não tem como decepcionar, é diferente de viajar gastando dinheiro sem suprir as expectativas. Mas tudo depende sempre do tipo de viagem que você busca: um casal pode gastar, em uma semana nas Ilhas Seychelles, cerca de R$ 30 mil ficando em hotéis mais low budget e se limitando de certa forma em alimentação, passeios e deslocamentos ou R$ 30 mil numa única noite na North Island, a ilha do resort mais cobiçado do destino, onde o Príncipe William e Kate Middleton celebraram sua lua de mel. Se quiser uma média financeira para fazer uma viagem completa, sem abrir mão de um hotel confortável, de refeições bacanas e das melhores experiências, a dica seria de separar R$ 50 mil para viver as férias dos sonhos.

3) Vale a pena somente para casais em lua de mel?

Especialmente para casais, perfeita para lua de mel. Primeiro porque o destino em si esbanja romance: toda aquela ideia de se estar em ilhas paradisíacas com praias perfeitas só para dois, num lugar pitoresco, bem longe de casa. Prato cheio para casais apaixonados. Depois pela oferta hoteleira impecável e suas experiências românticas incríveis, que desde o conto de fadas vivido pelo casal real, elevou a ilha a destino fetiche-global. Mas também vale para famílias e viagens em grupos de amigos sim. É inclusive bem comum encontrar famílias inteiras europeias viajando pelas Ilhas Seychelles (porque o euro é a moeda local, muito mais valorizada, e o continente europeu está mais próximo, enquanto preço e distância são duas dificuldades para os brasileiros, que acabam guardando o destino para uma ocasião mais especial como a lua de mel).

LEIA TAMBÉM: Lua de mel em Seychelles: onde ficar e as melhores experiências

4) Qual é a melhor época de viagem nas Ilhas Seychelles?

Por ser perto do Equador, o clima é quente o ano inteiro, com temperaturas entre os 24 e os 32 graus – sendo o auge do calor entre dezembro e abril, mas também quando a umidade está mais alta e há chuvas esporádicas ao fim do dia. Os meses de abril a novembro são considerados alta temporada, evitando a época de chuvas. Outubro é um bom mês para mergulhar e encontrar tubarões-baleia.

5) Quanto tempo ficar nas Ilhas Seychelles?

O mínimo é uma semana. Pelo longo deslocamento necessário, para conhecer as principais ilhas (Mahé, Praslin e La Digue) e contar com uma eventual experiência de ficar numa ilha privada, com hotel particular. Mas ideal mesmo são 9-12 dias, se hospedando em pelo menos três ilhas diferentes, para aproveitar de fato o melhor de Seychelles.

6) Como montar um roteiro pelas ilhas?

Mahé é a porta de entrada e principal ilha de Seychelles, cheia de atrativos bacanas. Ela é a primeira etapa da viagem. Depois, Praslin é a segunda maior ilha do arquipélago, onde está Anse Lazio, uma das praias mais bonitas do mundo, e o Vallée de Mai, consagrado como o Jardin do Éden original. Depois de Praslin, La Digue, uma ilha charmosa por onde não circulam carros e que também tem praias belíssimas como Anse Source d’Argent, vale a visita, não necessariamente para se hospedar, mas possível também num bate-volta desde Praslin. E depois sobram as ilhas privadas pra conhecer. A ilha de Silhouette é uma das mais preservadas do destino, onde está o Hilton Seychelles Labriz Resort & Spa, enquanto a Félicité e suas enormes pedras graníticas são base do top Six Senses Zil Pasyon. Um bom roteiro completo é programar 3 dias em Mahé + 3 dias em Praslin + 1 dia em La Digue + 2 dias numa ilha privada. Se tiver menos tempo ou um orçamento apertado, considere uma semana entre Mahé e Praslin, com bate-volta à La Digue.

LEIA TAMBÉM: O que fazer em Mahé // Melhores programas de Praslin // Veja o charme de La Digue // Visite o refúgio de Silhouette

7) E como se deslocar entre elas?

De ferry com a Cat Cocos. A sua chegada vai acontecer por Mahé, de onde você pode pegar uma balsa de cerca de 1h até Praslin. Para ir à La Digue é necessário passar também em Praslin, onde a balsa chega em 15 minutos. As ilhas privadas, onde operam hotéis particulares, fornecem o transporte normalmente de Mahé até a ilha em si, um serviço cobrado à parte da hospedagem (para chegar ao Hilton Labriz, na ilha de Silhouette, os hóspedes arcam com a taxa de € 145 por pessoa do ferry, ida e volta, por exemplo). Em ilhas privadas mais chiquetosas ainda, como North Island, pode-se chegar de helicóptero.

8) As Ilhas Seychelles são um bom destino para mergulhar?

Sim, excelentes. As Ilhas Seychelles são um dos melhores pontos para o mergulho do Oceano Índico inteiro. São seis Parques Nacionais Marinhos que abrigam recifes de corais enormes e completamente intactos que estão sempre fervilhando com vida marinha. Tubarões-baleia, tartarugas raras e milhares de peixinhos coloridos tropicais. Abril e maio e outubro e novembro apresentam as melhores condições para mergulhar, com temperatura de água na faixa dos 30 graus e visibilidade que ultrapassa os 30 metros. Um dos melhores pontos de mergulho com cilindro é Shark Bank, onde dá para ver arraias pintadas, peixes que inflam e um petroleiro afundado. A ilha de Silhouette é, além de Parque Nacional Marinho, Centro de Conservação da Fauna e Flora Silvestre. E o atol de Aldabra é o sonho dos mergulhadores: uma maravilha natural que é Patrimônio Mundial da UNESCO com o maior atol, ou seja, ilha oceânica em formato de anel, de corais do mundo.

9) É daquelas viagens de ficar só no resort ou passear pelos destinos?

Apesar de ser uma viagem fundamentalmente romântica, Seychelles não é um lugar para ficar socado no hotel. Mahé é base de uma capital viva e colorida, uma destilaria de rum famosa, centro comercial agitado, jardim botânico e de plantas medicinais. Praslin também tem vários motivos para passear, da incrível Anse Lazio ao Vallée de Mai, enquanto La Digue é um convite à andar de bike e curtir praias paradisíacas o dia inteiro. E ilhas privadas são momentos sim para descansar mas também embarcar em trilhas e passeios de barco.

10) Quais são os resorts recomendados pelo blog para se hospedar nas Ilhas Seychelles?

Em Mahé, não deixe de viver a experiência de ficar num bangalô com piscina de borda infinita no Hilton Seychelles Northolme Resort & Spa (diárias desde US$ 477) e pedir o serviço do floating apertivio, uma bandeja flutuante cheia de comes e bebes deliciosos pra curtir o pôr do sol dentro da água. Em Praslin, o Paradise Sun (diárias desde R$ 486 em meia-pensão) é um resort tradicional mais do tipo família, com atividades para todos os gostos, enquanto o Constance Lemuria (diárias desde US$ 508) foi o primeiro resort de luxo de Seychelles e carrega a fama da marca cinco-estrelas de propriedades luxuosas do Índico. A melhor experiência de ilha privativa está em Silhouette, no Hilton Seychelles Labriz Resort & Spa (diárias desde US$ 349), tanto pelo ótimo custo-benefício da estadia quanto pela incrível diversidade presente na ilha. Já o Six Senses Zil Pasyon (diárias desde US$ 1 244) está camuflado entre rochas graníticas com todo o peso da marca high-end Six Senses.

11) Qual é o idioma, a moeda e o fuso horário oficial das Ilhas Seychelles?

São três idiomas oficiais: creole (dialeto do francês), francês e inglês. A moeda usada é a rúpia de Seychelles (que vale cerca de R$ 0,30), mas o euro e o dólar são amplamente aceitos em hotéis, restaurantes e serviços turísticos em geral. O fuso horário é de 7 horas a mais em relação ao Brasil.

12) E a religião? Existe alguma imposição cultural aos turistas?

A religião oficial de Seychelles é o Catolicismo – 76% da população é católica (diferentemente de outros paraísos tropicais como as Maldivas, de maioria muçulmana). Seychelles é um território bem livre em quesitos religiosos e culturais, sem imposições aos turistas. Mahé é inclusive base de um templo hindu colorido, com fachada linda, toda trabalhada, no centro de Victoria, a capital (aliás é um dos pontos turísticos mais procurados da ilha). E a cultura crioula tem atrativos convidativos aos turistas, de sua aberta receptividade às deliciosas tradições culinárias.

13) Brasileiros precisam de visto e/ou vacina para ingressar nas Ilhas Seychelles?

Visto não é necessário para brasileiros em Seychelles. Já a vacina contra a febre amarela é um requisito (aplicada pelo menos dez dias antes). Certifique-se de levar seu Certificado Internacional de Vacinação.

14) Vale a pena unir a viagem com que outros destinos?

África do Sul é um ótimo combo, já que a maneira mais rápida e fácil de chegar em Seychelles é via Johanesburgo. Dá pra aproveitar a oportunidade para embarcar num safári pelo Kruger Park e conhecer a vívida Cidade do Cabo. Fazer um stopover na Etiópia e viajar para Lalibela e suas igrejas monolíticas milenares esculpidas na rocha é outra opção bacana. Quem vai via Oriente Médio pode parar uns dias em Dubai e Abu Dhabi ou em Doha.

15) Por fim: por que escolher as Ilhas Seychelles e não as Maldivas ou o Tahiti?

São todos destinos fantásticos. Romanticamente falando então, fica difícil selecionar o mais especial. A principal pergunta a se fazer é qual o propósito da viagem, ou qual o seu perfil de viajante. Enquanto quem vai às Maldivas e ao Tahiti prevê dias em bangalôs sobre a água dentro dos resorts, Seychelles é um destino de natureza para se explorar além do hotel, e mesmo além do mar. As ilhas principais de Mahé, Praslin e La Digue são ativas, com atrativos espalhados por suas extensões para combinar com os momentos de não fazer nada em prainhas divinas ou na estrutura impecável do resort. Não é uma viagem de ficar apenas no hotel, relaxando, mas de passear, de fazer trilhas, de conhecer florestas e jardins botânicos, de avistar espécies endêmicas, de vivenciar a cultura crioula, de explorar, de viver experiências inesquecíveis.

LEIA TAMBÉM: Por que Seychelles é o destino tropical supremo dos sonhos de viagem

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*O Carpe Mundi viajou a Seychelles com apoio do Seychelles Tourism Board. Este post reflete unicamente a opinião da autora.

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Por Anna Laura
@anna.laura

Um dos maiores nomes do turismo no Brasil, Anna viaja há 10 anos em busca de construir um mundo mais consciente, sustentável e a favor da natureza, propondo mais autoconhecimento através de suas experiências pelo globo. Jornalista por formação e fotógrafa por vocação, é editora do Carpe Mundi e Co-founder da plataforma de curadoria em aluguel de temporada Holmy, 100% nacional e de equipe feminina.

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