ÍNDICE:
- Como chegar no Juma Amazon Lodge?
- Áreas comuns no Juma Amazon Lodge
- Comes e bebes no Juma Amazon Lodge
- Quartos do Juma Amazon Lodge
- Passeios no Juma Amazon Lodge
- Sustentabilidade no Juma Amazon Lodge
Como chegar no Juma Amazon Lodge?
A aventura começa já na saída da capital do Amazonas, de onde se pega uma van até o porto, um barco que atravessa o fenômeno do Encontro das Águas até o outro lado do rio, mais uma van e mais um barquinho que navega entre os igapós e igarapés até o hotel. É chegar pra avistar os bangalôs escondidos entre a mata, um refúgio paradisíaco e selvagem sem sinal telefônico ou internet, conectado por passarelas de madeira na beira do Lago Juma, um afluente do Rio Negro.
Áreas comuns no Juma Amazon Lodge
Das áreas comuns, a mais bacana é a piscina de rio, que é cercada por grades dos lados e no fundo, impedindo a entrada de peixes e outros bichos, mas deixando a água circular – de primeira, a cor escura do rio fica um pouco intimidadora. Um deck de madeira flutuante com espreguiçadeiras e mesinhas com guarda-sóis de palha fica em volta. Ali, os hóspedes se reúnem no tempo livre entre os passeios e aliviam o calor na piscina e na brisa que vem do rio. Em tempo: o hotel reformou recentemente e hoje a piscina triplicou de tamanho, com um deck para relaxar, com sofás e poltronas, e uma parte rasa para aproveitar o sol.
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Bem em frente está a recepção, onde também é servido o chá da tarde e há um telescópio pra contemplar as estrelas de noite. E, ao lado, o “redário”, um quiosque com redes pra relaxar no tempo livre ou fazer meditações.
É seguir passarelas adentro que os macaquinhos do hotel começam a aparecer, brincando com os funcionários e hóspedes. Apesar da instrução ser de evitar a interação com eles, que são animais selvagens, todo mundo faz carinho na Anita, a macaca que está ali há mais tempo, e no filhote que ela adotou. Eles são vacinados anualmente e passam por um período de quarentena ao chegar ali.
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Comes e bebes no Juma Amazon Lodge
E é na entrada do restaurante que você sempre vai encontrá-los, caçando comida. São tão espertos, aliás, que aprenderam a abrir as portas: a do restaurante é aberta de baixo pra cima pra despistá-los. Ali, os hóspedes se reúnem na hora das refeições, que acontecem em horários fixos justamente pra promover a interação entre o pessoal. O café é servido das 7h às 8h com delícias como sucos naturais de açaí e tapioca de tucumã, já o almoço e a janta, entre às 12h e às 13h e das 20h às 21h, pedem peixes pescados e grelhados no dia, seguidos de sobremesas de cupuaçu.
Quartos do Juma Amazon Lodge
Já nos quartos é sempre preciso passar a chave ao sair. Tem hóspede que esquece e quando volta encontra os macacos deitados na cama, fazendo a festa no bangalô, que pode ser com vista pra mata, pro rio ou ainda o panorâmico, maior e mais legal deles. Os 21 quartos possuem varanda com rede, ventilador e banheiro com água quente – a eletricidade vem de painéis solares instalados no rio. Em tempo: alguns quartos já possuem ar-condicionado.
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Dentre as ações sustentáveis também está o aquecimento solar da água, o sistema de tratamento de esgoto, a reciclagem central de resíduos, palestras educacionais à comunidade ribeirinha e o próprio emprego de funcionários locais – 90% da força de trabalho do Juma vêm da população ribeirinha.
Recentemente, o hotel inaugurou seu novo bangalô panorâmico e presidencial, a Suíte Juma: com simplesmente 165 m², foi construída numa área remota do hotel. Oferece uma vista 360º espetacular do Rio Juma, ideal para casais em lua de mel ou qualquer viajante em busca de conforto e aventura. Com uma cama king size, banheiro luxuoso com ofurô, ar-condicionado, uma sacada privativa com redes e um deck enorme com chuveiro, é o local perfeito para relaxar e se maravilhar com a beleza da selva. A diária sai por volta de R$ 7 800.
Passeios no Juma Amazon Lodge
Mas são nos tours diários que o contato e interação com o meio-ambiente e à natureza tem seu ápice, seja nas caminhadas e piquenique na selva, no passeio de canoa entre a floresta alagada, na pesca de piranhas, na canoagem no rio, na focagem de jacarés ou na escalada nas enormes árvores sumaúmas. Tudo é feito com guias experts, que além de te conduzirem pelo caminho, dão uma aulinha sobre a fauna e flora da Amazônia, mostrando as plantas que dão origem a remédios como o Vick, desentupidor nasal, e por aí vai.
Quem busca uma imersão ainda maior pode incluir uma noite literalmente no meio da selva, dormindo em redes amarradas entre as árvores, no pacote. O nado com os botos em Novo Airão e a visita a uma tribo indígena também é pago à parte e acontece no retorno a Manaus.
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Principais passeios e experiências:
- Canoagem no Rio Juma: você passa remando pelos igarapés (riachos) e igapós (floresta inundada, mais visível durante o período da cheia dos rios), dando a volta ao redor do hotel, em duas ou até três pessoas na canoa. Durante o percurso, é possível ouvir os barulhos misteriosos da floresta e sentir a água do rio para relaxar.
- Trilhas na Floresta Amazônia: para realizar as caminhadas na floresta da região, o Rio Juma faz parte da travessia. No passeio, feito sempre em trilhas pouco exploradas, o guia explica sobre noções de sobrevivência na floresta, explicações sobre a vida selvagem amazônica e mostrando plantas que são comestíveis, medicinais e úteis para várias outras coisas.
- Amanhecer no Rio: por volta das 6h, você sairá de barco com o céu ainda escuro para assistir um belíssimo nascer do sol. Durante o amanhecer, é possível observar as mudanças de cor do céu amazônico com o canto dos pássaros de fundo (os guias dispõem de binóculos para a observação).
- Pescaria de piranhas: em um passeio de barco, você terá a oportunidade de pescar piranhas, além de outros peixes nativos da região amazônica. Durante a época de seca, é mais fácil encontrar as espécies de peixes, pois na cheia eles buscam refúgio nos igapós, tornando o acesso ainda mais desafiador.
- Interação com botos: por meio de uma parceria estabelecida com uma doca flutuante no Rio Negro, é proporcionada uma oportunidade de contato mais próximo com os botos, permitindo que os visitantes nadem com os animais em um ambiente seguro e controlado. Obs: segundo a World Animal Protection, o passeio pode causar impactos negativos na vida desses animais, como lesões nas nadadeiras, alimentação inadequada e estresse.
- Pôr do sol no Rio Juma: após um passeio, seja uma trilha pela floresta, uma visita à casa de um caboclo ou após explorar a imponente Sumaúma, os hóspedes têm a oportunidade de apreciar um pôr do sol deslumbrante do próprio barco. As cores do céu se transformam de tons suaves de rosa para vibrantes misturas de laranja e vermelho.
- Torre de Observação: com 31 metros de altura, a estrutura permite contemplar a floresta e avistar animais. A torre foi construída recentemente, de forma sustentável, e sua estrutura é feita com ferro e madeira de manejo, retirada dos mais de sete mil hectares de propriedade do hotel. Fica pertinho do Juma Amazon Lodge e permite contemplar a mata e o Rio Juma a partir de uma perspectiva diferente.
- Visita à casa do Caboclo: o caboclo (nativo) compartilhará conhecimentos sobre plantas medicinais e demonstrará, entre outras coisas, como é produzida a farinha de mandioca, a principal atividade econômica da região.
- Visita à Sumaúma: ao redor do Rio Juma, você terá a oportunidade de visitar uma enorme Sumaúma, de aproximadamente 100 anos. A Sumaúma é considerada a maior árvore da Floresta Amazônica tanto em altura (atingindo até 40 metros), quanto em diâmetro do tronco.
- Plantio de uma árvore: durante o passeio, você plantará uma muda de árvore da espécie Cumaru, conscientizando a todos da importância de preservar a maior floresta do planeta.
É desembarcar de volta à capital que o sinal do celular volta e você vai passar alguns instantes aflito respondendo mensagens e checando e-mails. Sensação que passa alguns minutos depois, quando a sua mente volta aos dias na selva amazônica buscando aquela calma, sossego e bem-estar que a maior floresta tropical do mundo traz.
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Sustentabilidade no Juma Amazon Lodge:
Em uma área preservada, o Juma Amazon Lodge opera alinhado com princípios de sustentabilidade, implementando ações voltadas para a sustentabilidade ecológica, sociocultural e econômica.
- Energia Solar Fotovoltaica: o Juma possui uma usina solar composta por 268 painéis solares instalados em uma área de 875 m², situada a 11 metros de altura, minimizando a poda de árvores e fornecendo 145 mil watts de energia fotovoltaica.
- Aquecimento solar de água: todos os bangalôs dispõem de água quente, graças a um sistema que combina um painel solar com um reservatório de água em cada unidade.
- Sistema de tratamento de esgoto: O hotel utiliza um avançado sistema de tratamento de esgoto que incorpora métodos reconhecidos globalmente. O sistema inclui separação de gordura, óleo e de sólidos, tratamento anaeróbio, tratamento aeróbio com difusores bolha fina, decantação, filtração biológica, reuso do lodo e desinfecção por radiação ultravioleta
- Reciclagem e central de resíduos: no Juma, todo o lixo é separado utilizando lixeiras de reciclagem distribuídas por todo o hotel. Os resíduos são armazenados em uma Central de Resíduos, que possui áreas designadas para cada tipo de material.
- Colaboradores da comunidade: mais de 90% da força de trabalho do estabelecimento é composta por moradores da comunidade local, o que contribui para a geração de renda na própria região.
- Palestras educacionais: lá, você pode assistir palestras sobre temas ambientais, como o aproveitamento de lixo orgânico, coleta seletiva, redução de riscos de desastres, importância da biodiversidade e construção de minhocários.
- Biogás: parte da energia utilizada é gerada por um biodigestor, que transforma restos de alimentos em biogás, um gás de cozinha orgânico.
*O Carpe Mundi viajou à Amazônia à convite do Juma Amazon Lodge. O conteúdo do post é independente e reflete apenas a opinião da autora.