ÍNDICE:
- Onde se hospedar na Amazônia?
- Como são as acomodações em um hotel de selva?
- Como funciona a hospedagem? É caro?
- Tem eletricidade e água quente? E ar condicionado, sinal telefônico e Wi-Fi?
- Como funcionam as refeições?
- Como são os tours na selva?
- Quais são os principais passeios da região?
- Como é dormir no meio da selva?
- Qual a melhor época para ir à Amazônia?
- O que levar na mala para a Amazônia?
- Dá pra ir com crianças?
- Você vê muitos animais selvagens? E mosquitos?
- Pode interagir com macacos e botos cor-de-rosa?
- É preciso tomar algum tipo de vacina antes da viagem?
Hotel de Selva na Amazônia: tudo que você precisa saber
Onde se hospedar na Amazônia?
Para quem deseja ter uma experiência de hospedagem memorável em um hotel de selva, pode viajar desde Manaus até Autazes, em um percurso de 3h de barro e transfer até o Juma Amazon Lodge. O Juma é um hotel construído no meio da selva amazônica e oferece uma das experiências de viagem mais autênticas, diferentes e sustentáveis que se tem no país. Das áreas comuns, a mais bacana é a piscina de rio, que é cercada por grades dos lados e no fundo, impedindo a entrada de peixes e outros bichos, mas deixando a água circular. No hotel, pacotes de três a cinco noites em bangalôs rústicos sob palafitas à beira do Rio Juma (um afluente do Rio Negro) incluem passeios como canoagem, pesca de piranhas, focagem de jacarés, escaladas em árvores, caminhadas na floresta e até mesmo pernoites em redes no meio da mata. É uma boa desculpa pra se desconectar do Wi-Fi e conhecer a fundo a maior floresta tropical do mundo. diárias desde R$ 3 033: RESERVE AQUI.
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Como são as acomodações em um hotel de selva?
Apesar de ficarem no meio da selva amazônica, os hotéis de selva têm boa infraestrutura: há bangalôs, restaurantes, piscinas, áreas comuns com decks, redários, salas de estar. Ela varia entre estadias mais simples, como o Amazon Ecopark Lodge, com bangalôs confortáveis com móveis rústicos, e hotéis mais top como o Juma Amazon Lodge. Os 21 bangalôs do Juma possuem varanda com rede, ventilador e banheiro com água quente – a eletricidade vem de painéis solares instalados no rio. O Uiara Amazon Resort também entra na categoria de luxo, 100% flutuante, a poucos minutos do aeroporto de Manaus e com fácil acesso fluvial ou terrestre. Conta com seis categorias de hospedagem, ideais para quem gosta de espaço, requinte e luxo.
E como funciona a hospedagem? É caro?
Os pacotes variam, normalmente, entre 3 a 7 noites. E incluem no preço, além da estadia, transfers de ida e volta de Manaus até o hotel, todas as refeições (três por dia + chá da tarde) e todos os passeios na selva (de dois a três por dia). Na Pousada Flutuante Uacari, 3 noites saem por R$ 1 930, e no Amazon Tupana Lodge, 3 diárias custam R$ 2 430. No Juma, as 3 noites saem por R$ 5 543. Por fim, no Uiara Amazon Resort, as diárias saem por R$ 7 320.
Tem eletricidade e água quente? E ar condicionado?
Sim. E o melhor é que em hotéis sustentáveis como o Juma, tudo é proveniente de painéis solares, ou seja, a interferência no meio ambiente é bastante minimizada. Já ar condicionado e televisão poucos hotéis de selva tem, como o Anavilhanas, o mais luxuoso deles, localizado às margens do rio Negro.
E sinal telefônico e Wi-Fi?
Na maioria das vezes, não. E essa é uma parte que, por mais que à primeira vista não pareça tão atraente, tem tudo a ver com a experiência de se estar na selva. É incrível se desligar do mundo e viver aquele momento de conexão intensa com a natureza. Mas há exceções: dependendo do hotel há wi-fi ou dá pra conectar na recepção durante o dia pra checar algo urgente.
Como funcionam as refeições?
As refeições em um hotel de selva geralmente incluem ingredientes locais, como peixes (tucunaré, tambaqui e pirarucu), frutas nativas (açaí, cupuaçu, guaraná), e vegetais frescos, com pratos que refletem a culinária regional. Geralmente são feitas em grupo ou individuais, em horários fixos, porém depende do local que estiver hospedado. O café da manhã é normalmente servido das 7h às 8h, o almoço das 12h às 13h e o jantar das 19h às 20h. Peixes como tambaquis e pirarucus são servidos frescos e acompanham arroz, feijão e farofa. Você senta com o seu guia e o seu grupo e comem juntos. A ideia é promover a interação entre os hóspedes. Toda a alimentação está inclusa no preço que você paga pela hospedagem, só as bebidas alcoólicas que são pagas à parte.
Como são os tours na selva?
Os passeios acontecem de duas a três vezes por dia e vão de caminhadas na selva a tours de canoa, focagem de jacarés, visita a comunidades ribeirinhas, rapel nas árvores, piquenique na floresta, pesca de piranhas, entre outros. Um guia e um ajudante, que normalmente também é o canoeiro, sempre acompanham o grupo. Quem fica mais tempo tem passeios mais exóticos inclusos no programa, como uma noite na selva dormindo numa rede amarrada entre duas árvores literalmente no meio da floresta. E, dependendo do hotel, também dá pra contratar extras mais distantes como nado com os botos e visita a comunidade índigena.
Quais são os principais passeios para fazer na região?
- Canoagem: você passa remando pelos igarapés (riachos) e igapós (floresta inundada, mais visível durante o período da cheia dos rios), dando a volta ao redor do hotel, em duas ou até três pessoas na canoa. Durante o percurso, é possível ouvir os barulhos misteriosos da floresta e sentir a água do rio para relaxar.
- Trilhas na Floresta Amazônia: no passeio, feito sempre em trilhas pouco exploradas, o guia explica sobre noções de sobrevivência na floresta, explicações sobre a vida selvagem amazônica e mostrando plantas que são comestíveis, medicinais e úteis para várias outras coisas.
- Amanhecer no Rio: por volta das 6h, você sairá de barco com o céu ainda escuro para assistir um belíssimo nascer do sol. Durante o amanhecer, é possível observar as mudanças de cor do céu amazônico com o canto dos pássaros de fundo (os guias dispõem de binóculos para a observação).
- Visita à Sumaúma: você terá a oportunidade de visitar uma enorme Sumaúma, de aproximadamente 100 anos. A Sumaúma é considerada a maior árvore da Floresta Amazônica tanto em altura (atingindo até 40 metros), quanto em diâmetro do tronco.
- Flutuante do Pirarucu no Rio Juma: o Pirarucu, conhecido como o gigante das águas doces, é uma espécie de peixe que pode atingir mais de três metros e alcançar 200 kg. Durante o passeio, é possível alimentá-los e sentir toda sua força.
- Interação com botos: por meio de uma parceria estabelecida com uma doca flutuante no Rio Negro, é proporcionada uma oportunidade de contato mais próximo com os botos, permitindo que os visitantes nadem com os animais em um ambiente seguro e controlado. Obs: segundo a World Animal Protection, o passeio pode causar impactos negativos na vida desses animais, como lesões nas nadadeiras, alimentação inadequada e estresse.
Como é dormir no meio da selva?
Já imaginou dormir em redes suspensas, rodeado pela escuridão da floresta e acordar com os sons vibrantes dos animais? O Juma Amazon Lodge oferece essa oportunidade, permitindo que os hóspedes se desconectem e se integrem à vida selvagem. O barco parte do Juma e, após uma viagem curta de cinco minutos, os hóspedes chegam em uma ilha exclusiva e segura. A ilha onde acontece a pernoite faz parte da propriedade do hotel e está localizada a aproximadamente 4 km – é bem pertinho. A estrutura foi projetada para oferecer conforto e segurança, com redes suspensas, um deck com mesas e cadeiras, e banheiros. Obs: lá não tem ventilador, então vá preparado para o calor.
O espaço, embora pequeno, é repleto de redes suspensas, com telas de mosquito para evitar possíveis picadas e oferecendo uma noite segura, imersos na exuberante vegetação da Amazônia. Uma das experiências mais marcantes é ouvir o som dos Bugios durante a noite. Segundo a National Geographic, eles têm um uivo poderoso e profundo que pode ser ouvido a até 5 km de distância. Quando os grupos de macacos cantam juntos ao amanhecer ou ao anoitecer, a floresta se enche com um coro ensurdecedor que reforça a sensação de estar em um ambiente selvagem e primitivo. Além disso, é possível escutar tatus passeando pela região.
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Qual é a melhor época do ano pra viajar pra Amazônia?
Prepare-se pra sentir o calor o ano todo, independente da época. O inverno amazônico, de dezembro a junho, é quando chove mais e os rios entram no período da cheia, quando a floresta alaga, sendo possível navegar entre os igapós. De julho a novembro é a seca: prainhas se formam nas margens dos rios na selva e nas cidades. São duas experiências diferentes e igualmente interessantes. Leia mais aqui sobre a melhor época para viajar à Amazônia.
O que precisa levar na mala?
Roupas leves, um boné ou um chapéu pra se proteger do sol, protetor solar, repelente, óculos. Livros e revistas são boas ideias já que nos hotéis de de selva não vai ter muito o que fazer nas horas vagas.
A pochete facilita caminhadas na selva para colocar o celular, repelente, uma garrafinha. Fica mais fácil manusear sem precisar parar, abrir a mochila e achar o que estiver buscando.
Pode parecer quente, mas você vai querer estar com a perna protegida para as caminhadas – é o jeito mais correto de estar protegida para eventuais picadas de insetos ou cobras.
O repelente, além de prevenir picada de mosquitos e insetos, é 100% sustentável, livre de derivados de petróleo, conservantes, fragrâncias artificiais e sofrimento animal.
O óculos de sol da Rayban é um grande aliado para proteger os olhos da luminosidade, radiação UV, vento, poeira e insetos. Item quase que indispensável para segurança e conforto.
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Dá pra ir a um hotel de selva com crianças?
Sim. É uma experiência de viagem incrível para aos pequenos aprenderem sobre respeito à natureza, vida animal e esse patrimônio inigualável do nosso país. O recomendado é que a criança não seja muito medrosa, já que ver uma cobra é algo bem possível de acontecer.
Você vê muitos animais selvagens, de cobras a onças? E os mosquitos?
A Amazônia, por incrível que pareça, não é lugar de ver bicho. Se esse é seu objetivo, melhor ir ao Pantanal, bioma onde a concentração animal é muito maior – leia mais sobre o Pantanal aqui. O que você deve ver são macacos, bichos-preguiça, jacarés, e piranhas, em pequeno número. Além disso, a fauna e a flora não são das mais abundantes em alguns trechos como nos arredores do Rio Negro, onde a acidez da água empobrece a vida ao redor. O que não é, de todo, ruim: praticamente não há mosquitos na região. Diferente é no Solimões, onde, apesar do solo mais fértil e da presença de flores, pássaros e de outros animais, você não consegue ficar um minuto parado sem sentir as picadas brotando na pele. Em caminhadas pela floresta, contudo, há chances de ver aranhas e cobras – caso aconteça, a instrução é não se mexer e deixar que o guia lide com a situação -, mas não se preocupe que tem local que passa a vida toda sem ver uma sucuri (a anaconda). O mesmo acontece com as onças: tem guia com 20 anos de carreira que só viu elas duas vezes na vida.
Pode interagir com macacos e botos cor-de-rosa?
Nos hotéis de selva você vai encontrar macacos pulando pelos galhos das árvores, andando nas passarelas e interagindo com os funcionários do local. Esses animais normalmente são trazidos ao local, ficam em quarentena e tomam vacinas anualmente pela proximidade com os hóspedes. Mas ainda são animais selvagens, imprevisíveis, que eventualmente podem morder ou agredir, então a orientação é evitar o contato excessivo. Pra ver botos a pedida é ir pra Novo Airão, a 180 km de Manaus, no Flutuante dos Botos, no Parque Nacional de Anavilhanas. A concentração de botos-cor-de-rosa dóceis que interagem com os turistas fez do lugar um sucesso, onde você pode alimentá-los. Os hotéis de selva fazem o passeio por uma taxa extra de cerca de R$ 350 por pessoa na volta a Manaus.
É preciso tomar algum tipo de vacina antes da viagem?
Sim, a vacina contra a febre amarela é extremamente recomendada para viajar à Amazônia.
Estou pensando em ir com meu filho de 2 anos, você recomendaria? Algum cuidado específico? Teve problemas com formigas e aranhas?
Recomendo sim 🙂 é uma experiência incrível! Mas vai ter que ficar atenta a ele o tempo todo. Não tive nenhum problema com insetos ou aranhas, mas sempre bom levar antialérgico e pomadas pra picadas.